É muito interessante o embate que o espetáculo “Amor Profano” promove sobre paixão e religião. Vivianne Pasmanter e Marcello Airoldi entram em cena como Hanná e Zvi, casal apaixonado que vê sua relação desmoronar após o rapaz começar a questionar a fé cega de seu povo.
Criados em uma comunidade ultraortodoxa judaica em Jerusalém, eles passam por um divórcio traumático e se reencontram 20 anos depois, mantendo o mesmo amor e as mesmas diferenças de antes. A postura rígida e contida dela contrasta ferozmente com o espírito livre e impulsivo dele.
Vivianne Pasmanter e Marcello Airoldi estão em “Amor Profano” (Priscila Prade/Divulgação)
O talento dos atores prende a atenção do público, que se envolve na discussão para tentar entender cada um dos lados – principalmente na primeira parte da peça, quando os problemas passados vêm à tona.
O texto do autor israelense Motti Lerner aborda a limitação imposta pela religião, como a proibição de quaisquer questionamentos sobre a fé ou a censura a livros, ao mesmo tempo que reflete sobre a superficialidade e a falta de apego familiar que uma sociedade totalmente liberal pode causar.
A direção é de Einat Falbel.
Onde: Teatro Vivo – Avenida Dr. Chucri Zaidan, 2.460, Morumbi
Quando: até 9/12 – sextas (20h), sábados (21h) e domingos (19h)
Quanto: R$ 50 (sexta) e R$ 70 (sábado e domingo); à venda pelo Ingresso Rápido
+ infos: 12 anos / 80 minutos
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