“A Promessa”, que estreia nesta quinta (11/5), usa o Genocídio Armênio como pano de fundo para mostrar um triângulo amoroso entre o jovem médico Mikael (Oscar Isaac, de “Star Wars – O Despertar da Força”), a professora Ana (Charlotte Le Bon) e o jornalista norte-americano Chris (Christian Bale; “A Grande Aposta”).
Oscar Isaac e Charlotte Le Bon em cena de “A Promessa” (Foto: Divulgação)
O tema do filme certamente é interessante. O diretor Terry George já havia abordado os conflitos na África no inesquecível “Hotel Ruanda” (2004) e agora escolheu focar o Genocídio Armênio (ou Holocausto Armênio), crime negado pelo governo da Turquia até hoje. O problema é que, diferente de “Hotel Ruanda”, “A Promessa” é bastante esquecível.
A trama se passa em 1915, no Império Otomano, e acompanha o armênio Mikael, que, precisando de dinheiro para terminar a faculdade de medicina, fica noivo de uma jovem que tem bom dote. Porém, quando vai a Constantinopla para concluir seus estudos, ele conhece a também armênia Ana. Ela, contudo, tem um relacionamento com Chris, jornalista da Associated Press.
Em certo momento, a Turquia se alia à Alemanha na Primeira Guerra Mundial. É aí que começa uma caçada a armênios no território. A partir daí, o filme acompanha os três personagens protagonistas, que se separam e se reecontram diversas vezes durante o conflito.
O filme tem bela fotografia e atuações decentes. Mas talvez o maior problema de “A Promessa” seja que Terry George, que escreveu o roteiro ao lado de Robin Swicord, decidiu usar o massacre como pano de fundo para o relacionamento conturbado entre Mikael, Ana e Chris. Mas um assunto de tamanha importância —e ainda polêmico, ao menos na Turquia— merecia o holofote completo. O triângulo amoroso, tema típico de qualquer drama de sessão da tarde, tira o peso do genocídio —ele, sim, deveria ser o personagem principal.
Avaliação: Regular.
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