A Era dos Games: 10 jogos imperdíveis entre os 150 que estão na exposição

"A Era dos Games", megaexposição no parque Ibirapuera, tem mais de 150 games disponíveis para jogar - mas cada visitante só tem 1h30 para cumprir essa missão


A exposição “A Era dos Games” é uma perdição para qualquer fã dos jogos eletrônicos. Em cartaz até novembro, no Pavilhão da Bienal do parque Ibirapuera, em São Paulo, a mostra exibe mais de 150 games, criados desde a década de 1960 até hoje. E você pode jogar a maioria deles!

“A Era dos Games” foi concebida pelo Barbican Centre, de Londres, e, desde então, já passou por cerca de 25 países.

Por R$ 40 (ingresso inteiro), pode-se permanecer no espaço por 1h30. O tempo é curto: com tantos jogos e tantas modalidades – são consoles antigos, novos, jogos de fliperama analógicos e eletrônicos e até games de realidade aumentada – fica difícil saber o que jogar primeiro.

O Culturice visitou a exposição – a convite da organização do evento e com tempo ilimitado, vale ressaltar -, jogou muito e selecionou os melhores games. Para que você, assim, possa priorizá-los e não perder nada de muito legal.

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"Odallus: The Dark Call" está na seção de games independentes (Foto: Luiza Wolf/Culturice)

Fique esperto: a mostra inicia com os jogos mais antigos (a começar pelo “Spacewar”, de 1961, que não está disponível para jogar), mas não segue ordem cronológica. Os games estão divididos por blocos – o que pode ser um pouco confuso -, como grandes empresas (Sony, Sega, Microsoft, Nintendo e Atari), gêneros, multiplayer, fliperama e influências do cinema, entre outros.

No geral, a gama de jogos é muito boa – nós só sentimos falta de mais espaço para “Pokémon”, que fica meio espremido perto da seção infantil.

Depois da temporada em São Paulo, até novembro, “A Era dos Games” parte para o Rio de Janeiro, onde ficará de dezembro a março, no Museu Histórico Nacional.

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A ERA DOS GAMES

Onde: Pavilhão da Bienal – parque Ibirapuera. Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, portão 3, São Paulo, SP.
Quando: terça a domingo, das 11h às 20h (sessões diárias: 11h, 12h30, 14h00, 15h30, 17h00 e 18h30). Até 12/11.
Quanto: R$ 40 (ingresso inteiro que dá direito a 1h30 na exposição). Ingressos pelo site ingresse.com

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O QUE JOGAR PRIMEIRO EM “A ERA DOS GAMES”?

1. DAYTONA USA (1994)

É um ótimo representante dos jogos de corrida de fliperamas. Sente-se na cadeira do motorista, pegue o volante nas mãos e escolha a dificuldade do seu campeonato. Os jogadores mais ousados optam pelas marchas manuais – nesse caso, além da direção e dos pedais, é preciso também controlar o câmbio. “Daytona USA” é uma ótima opção para despertar a nostalgia do antigo PlayLand e de outros fliperamas que marcaram a infância de muita gente.


2. DONKEY KONG (1981)

Muita gente conhece a série “Donkey Kong”, do SuperNintendo. Mas o macaco começou a carreira bem antes – como vilão! – em uma máquina de jogo do tipo arcade (fliperama). O game foi responsável por abrir as portas dos Estados Unidos à japonesa Nintendo.


3. MARIO KART (1992)

Esse, sim, é um ótimo representante do console SuperNintendo. Muito, muito clássico, o game foi super popular nos anos 1990 e abriu caminho para outros “Kart” que viriam depois, em consoles mais modernos como o Nintendo 64, o Cube e o Wii.


4. PONG (1972)

É o game mais antigo que está disponível para jogar na exposição. O jogo, em plataforma Atari, é simples: é necessário mover dois botões giratórios para rebater a bolinha. É um game para se jogar de dois; então, leve um amigo.


5. ODALLUS: THE DARK CALL (2015)

“A Era dos Games” tem uma importante sessão: jogos independentes criados no Brasil. O Culturice experimentou todos e selecionou dois para indicar (leia sobre “Skytorn” abaixo). Em “Odallus”, comandamos o avatar Haggis, que precisa salvar seu filho de Darkness, a Escuridão – ela ameaça o mundo recolhendo almas humanas para seu exército. O jogo é em PC, então leia as instruções de comando antes de jogar.


6. ROCK BAND (2007)

Depois da febre “Guitar Hero”, “Rock Band” propôs um jogo de imersão multiplayer. É preciso procurá-lo na exposição: ele está em uma sala separada, junto com um game de dança em Kinect (captura de movimentos), com uma bateria prontinha para jogar.


7. SOUL CALIBUR (1999)

É curioso que um game do Sonic não tenha sido selecionado para representar a Sega na seção de “empresas mais importantes do ramo”. Mas o Soul Calibur também cumpre bem o objetivo. Dá para matar as saudades do controle antigo do Sega encarando várias fases de combates e lutas.


8. SKYTORN, TBC (2014)

Outro game independente produzido no Brasil. Nesse, controlamos a exploradora Névoa. Isolada em ilhas inexploradas, ela precisa cavar o próprio caminho com uma pá – e se proteger de ameaças no caminho.


9. SUPERMARIO 64 (1996)

Pode ser até um clichê para quem era jovem nos anos 1990, mas é clássico – e, como tal, é obrigatório. Foi um dos principais jogos do Nintendo 64 e, na época, surpreendeu pelos gráficos em 3D. Como o tempo é curto, experimente só mover o Mario pelos mundos: para acessá-los, é preciso pular dentro de quadros.


10. THE LAB

É o melhor game de realidade virtual da exposição. Um monitor ajuda os visitantes a entenderem os comandos do jogo: é preciso ficar na área delimitada, colocar o óculos e segurar um ou dois controles sem fio. No jogo, você se vê em um laboratório (que tem até um cão-robô), no qual há várias esferas. Pegue uma delas com o controle para acessar diferentes mundos. Há um bem divertido, cujo objetivo é proteger o castelo de invasores usando arco e flecha.


DICA EXTRA: VIRTUSPHERE

O game em si é bem bobo: você se vê em uma paisagem árida e rochosa e precisa passar por cima de objetos, como celulares, para acumular pontos. Você leu certo, é “você se vê” mesmo. No jogo, é preciso entrar em um globo que gira. Lá, você usa um óculos de realidade aumentada e caminha, girando o globo, pelo mundo virtual. No entanto, é preciso ter força no braço: há uma barra de ferro que o jogador precisa segurar e “arrastar” com ele. Não é recomendado para quem tem enjoos ou labirintite. Fique esperto: a atração é concorrida, e é preciso reservar um horário para jogar.