O Culturice já começa a crítica avisando que o texto vai ser sucinto. É que não dá para falar muito de “Atômica”, que estreia nesta quinta (31/8): a trama é tão cheia de viradas, traições e espionagens que corremos o risco de entregar alguma surpresa.
O filme é dirigido por David Leitch, que não desaponta nas cenas de luta. Era esperado dele, que foi codiretor de “John Wick” (2014) e trabalhou como dublê e como coordenador de dublês em filmes como “300” (2005), “O Ultimato Bourne” (2007) e “Clube da Luta” (1999).
A trama, baseada nos quadrinhos “The Coldest City”, se passa em 1989 e mostra a espiã Lorraine (interpretada por Charlize Theron, que é também produtora), que trabalha para a britânica MI-6 (a mesma da franquia “007”) e recebe a missão de ir a Berlim, na Alemanha, alguns dias antes da queda do Muro e em plena Guerra Fria.
Lá, ela precisa trabalhar em parceria com o agente David Percival (James McAvoy) para recuperar uma lista que contém nomes de agentes secretos – e que, caso divulgada, irá expô-los e ameaçá-los, além de deixar a MI-6 vulnerável.
Logo que aterrissa em Berlim, Lorraine já é encurralada por inimigos. Ela logo percebe que seu disfarce já foi revelado e que ela sofrerá perseguição constante ali – e, desde o início, a espiã não sabe mais em quem pode confiar.
Além da história bem amarrada, “Atômica” tem o trunfo das cenas de ação: as lutas são bem feitas e muitas são feitas em plano-sequência, sem cortes. Vale destacar a ótima atuação de Charlize Theron, que treinou por meses e praticamente dispensou o uso de dublês (o que lhe rendeu dois dentes quebrados).
A trilha sonora é outra grande qualidade: Queen, David Bowie, The Clash, George Michael e The Cure, entre outras bandas e artistas, embalam o filme.
Vale a pena procurar a trilha sonora de “Atômica” no Spotify. E, claro, vale a pena assistir ao longa nos cinemas (é boa ideia vê-lo em Imax). Só não vale sair contando o final por aí.
Avaliação: Bom.
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