“Depois Daquela Montanha”, que estreou na quinta (2/11), narra a história de uma jornalista (Kate Winslet) e de um médico (Idris Elba) que sofrem um acidente de avião e, depois, precisam sobreviver sozinhos em uma montanha cheia de neve.
A trama começa quando um voo é cancelado por causa de uma tempestade. A jornalista Alex precisa chegar de qualquer jeito a Denver, porque vai se casar. Já o médico Ben tem de estar em Baltimore, onde um paciente o espera. Os dois preferem, então, pagar um aviãozinho particular para levá-los.
No entanto, o avião cai no meio das montanhas cheias de neve. O piloto morre, mas Ben e Alex conseguem sobreviver – junto com um cachorro labrador que também estava na aeronave.
depois-daquela-montanha-5
Machucados, os dois esperam resgate, mas não há muita esperança: afinal, eles estavam viajando em um avião particular e o rádio se perdeu no acidente. O que fazer, então? Esperar serem encontrados (o que parece improvável) ou se arriscar a caminhar no meio da neve para tentar achar qualquer civilização?
Alex e Ben, então, passam por provações, a maioria delas causada pelo frio intenso e pela fome.
Baseado no livro homônimo de Charles Martin, “Depois Daquela Montanha” tem uma história que já é familiar para quem curte cinema – afinal, quantos filmes sobre “sobrevivência” já foram feitos? Só para citar um exemplo recente, há “Evereste” (2015), que tem mais qualidade.
“Depois Daquela Montanha”, que segue bem aquela lógica “sessão da tarde”: um homem e uma mulher, que podem se envolver, enfrentam situações difíceis. E ainda tem o cão, que é o alívio e a fofura do filme, para tirar a tensão do enredo – o que é errado, considerando que se trata de um filme sobre sobrevivência.
O longa seria mais eficiente se exagerasse mais no drama e no extremismo da situação, como fez o ótimo “Náufrago” (2000), que ainda tinha apenas um personagem em cena e quase nenhum diálogo.
“Depois Daquela Montanha” é divertido e é uma boa opção para quem vai ao cinema procurando apenas um filme para se distrair. Mas não vai ser lembrado por muito tempo.