“Viva – A Vida É uma Festa”, nova animação da Pixar e da Disney que estreia em 4/1, pode sofrer boicote dos exibidores brasileiros, conforme informou a Folha de S. Paulo. A Disney exigiu que os cinemas repassem a ela 52% do valor da bilheteria, em vez dos tradicionais 50%.
Desta forma, “Viva” pode ser exibido apenas nas redes Cinemark e Cinépolis – o que significa que o filme ficaria fora de 67% do circuito brasileiro (2.100 salas de um total de 3.100).
À Folha, Paulo Lui, presidente do Sindicato das Empresas Exibidoras Cinematográficas do Estado de São Paulo, reiterou que o aumento para 52% é “dinheiro à beça”. É preciso levar em conta que os cinemas têm gastos enormes: fora o aluguel do espaço em shoppings e o salário dos funcionários, há a manutenção dos equipamentos. Só a lâmpada do projetor custa R$ 6.000.
A atitude da Disney não é inédita: nos Estados Unidos, exigiu repasse de 65% (dez pontos percentuais a mais do que a média do mercado) para que os cinemas exibissem “Star Wars – Os Últimos Jedi”. Além disso, o filme precisa ficar quatro semanas consecutivas nas maiores salas dos complexos. No Brasil, essa exigência não foi feita.
É preciso ter em vista que a Disney é dona de grande parte do mercado de cinema: é dona da Pixar, da Marvel, da LucasFilm e, agora, de boa parte da Fox (leia mais aqui). As exigências, portanto, são bem preocupantes.
Ambientado no México, “Viva – A Vida É uma Festa” conta a história de Miguel, um menino que vai parar no Mundo dos Mortos. Saiba mais aqui.