Há mais de dois anos, a atriz Jennifer Lawrence e o diretor Francis Lawrence terminavam uma parceria de sucesso na franquia “Jogos Vorazes”. Eles se uniram novamente para um enorme desafio, que nada tem a ver com o sucesso anterior. “Operação Red Sparrow” (confira a crítica aqui), que estreia na quinta (1°/3), é um filme de ação sobre uma agente russa que, vítima do sistema, passa por torturas e é estuprada.
Jennifer interpreta Dominika, uma bailarina no Bolshoi que precisa deixar a companhia após sofrer um acidente no palco. Com medo de perder seu apartamento e o tratamento para a mãe doente (tudo era pago pelo Bolshoi), ela topa trabalhar para o tio, Egorov (Matthias Schoenaerts), diretor do SVR, o serviço de espionagem russo.
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Dominika é obrigada a passar pelo treinamento Red Sparrow, que ensina agentes a usarem a sedução e o sexo para conseguirem informações sobre inimigos.
Se Jennifer Lawrence já havia explorado a atuação dramática em “Mãe!” (leia aqui), agora ela passa ao próximo nível, o físico, e encara cenas de tortura, de nudez e de estupro. “Quero me desafiar ao atuar. A atuação é um músculo que preciso exercitar”, diz a atriz, em entrevista a jornalistas brasileiros em São Paulo, via Skype. “Esse é um dos critérios que uso ao escolher um papel. Quero trabalhar com um diretor de quem gosto e confio e, claro, o roteiro precisa ser bom. Também costumo pensar se me conecto com a personagem, com a pessoa que serei pelos próximos seis meses.”
Algumas cenas de “Operação Red Sparrow” são tão violentas e fortes que fazem o público fechar os olhos. Segundo Jennifer, contudo, as gravações não tinham clima tão pesado assim. “Achei as cenas de tortura as mais divertidas de gravar, na verdade”, afirma. “Eu sempre penso que é trabalho, sabe? E em qualquer trabalho, preciso estar feliz e me divertir, porque, se não estiver, não quero fazer. Mesmo com as cenas pesadas, precisei encontrar um jeito de fazer isso.”
Jennifer divide a tela com Joel Edgerton, que interpreta Nate, um agente da CIA. “Trabalhar com Joel foi ótimo, ele é muito engraçado. Achei que ele foi fenomenal, trouxe muito mais ao papel do que estava no roteiro”, diz a atriz. “O sotaque americano dele é ótimo, o que me fez me preocupar com meu sotaque russo”, brinca.
“Operação Red Sparrow” tenta fazer uma crítica ao sistema da Rússia e à objetificação da mulher. O filme é lançado em uma época na qual acusações de assédio sexual têm explodido em Hollywood – leia mais aqui. “Nós começamos a gravar o filme há três anos”, diz o diretor Francis Lawrence. “Foi uma coincidência que o lançamento seja agora, nesses tempos em que tantas pessoas corajosas estejam contando suas histórias.”
ASSISTA AO TRAILER DE “OPERAÇÃO RED SPARROW”