Aos domingos, a avenida Paulista fica fechada para carros – e se transforma em uma ótima opção para quem quer caminhar e curtir as atrações do local. Mas este domingo (11/3) é ainda mais especial. Pela primeira vez, ocorre a Paulista Cultural, um intercâmbio de atividade entre seis museus da avenida: Casa das Rosas, Masp, Itaú Cultural, Instituto Moreira Salles (IMS), Japan House e Centro Cultural Fiesp. Todas as atrações são gratuitas.
Inspirado no “Museum Mile” de Nova York, que reúne os museus da 5ª Avenida, seis museus da Paulista farão um intercâmbio de atividades: o que geralmente ocorre em um museu vai acontecer em outro. A Casa das Rosas recebe o IMS; o IMS recepciona o Centro Cultural Fiesp; Centro Cultural Fiesp abriga a Japan House; o Itaú Cultural acolhe o Masp; Masp também hospeda a Japan House, que, por sua vez, terá atrações da Casa das Rosas.
As atividades começam às 10h e duram o dia inteiro – a ideia é que os visitantes vão caminhando pelos 3 km de extensão da Paulista para curtir as atividades nos museus.
Confira abaixo alguns destaques da programação.
Fachada da Casa das Rosas, na avenida Paulista (Foto: André Hoff/Divulgação)
CASA DAS ROSAS (número 37)
11h às 15h: Sericleta
O Instituto Moreira Salles leva para a Casa das Rosas a “Sericleta”, uma unidade móvel de impressão em serigrafia, idealizada especialmente para a produção de materiais gráficos. O público é convidado a participar da ação como observador, interlocutor e impressor das peças gráficas, experimentando da mágica da impressão manual.
CENTRO CULTURAL FIESP (número 1.313)
Às 11h30: Kamishibai
O Espaço Café recebe a apresentação de contos japoneses da Japan House. Mais do que contar a história, a técnica do Kamishibai – junção das palavras japonesas shibai (teatro) kami (papel) – ilustra suas passagens por meio de desenhos feitos em cartões sequenciais. Os contos O Cozinheiro e Chapéus para os Jizos serão apresentados dentro de um palco de madeira, como manda a tradição.
INSTITUTO MOREIRA SALLES (número 2.424)
15h às 17h30: Oficina Autodesretratos – Processo criativo da construção da imagem
Nesta oficina ministrada pelo artista Rafael Silveira, responsável pela mostra Circonjecturas – em cartaz no Centro Cultural Fiesp –, os participantes farão um autorretrato diferente, ao estilo do artista. Para o “autodesretrato”, cada pessoa é fotografada no início da oficina e depois constrói sua obra a partir de um acervo de imagens disponíveis para recorte e colagem. Como resultado, surgem retratos sem semblante, que revelam a intimidade da mente de cada participante. A oficina tem 15 vagas, e as senhas começam a ser distribuídas às 14h30.
ITAÚ CULTURAL (número 149)
Às 14h, às 15h e às 16h: Aulão de Batekoo
O Aulão da Batekoo é uma ação do Masp, que nasceu para incentivar as pessoas a explorarem suas habilidades corporais por meio da dança. No Itaú Cultural, os professores trabalharão com movimentos de danças pertencentes aos ritmos do Passinho, Dancehall, Afrohouse & Kuduro, Funk e Twerk. As atividades serão realizadas em três turmas: começam com a de aquecimento e, na sequência, são oferecidas as aulas específicas de Dancehall, com a Queen Fabi Silva, e Afrohouse/Kuduro, com a Angolana-Carioca Gabi Ziriguidum. Haverá interpretação em Libras. É preciso fazer pré-inscrição a partir das 13h30.
Museu de Arte de São Paulo (Masp), na avenida Paulista (Foto: Eduardo Ortega/Divulgação)
MASP (número 1.578)
Às 14h e às 15h: Workshop de Furoshiki
A Japan House leva ao Masp a técnica tradicional de embrulho do Furoshiki, muito utilizada para embalar presentes e transportar objetos. A origem do nome – “Furo” (banho) e “shiki” (abrir) – remonta ao período Edo, quando era comum o uso do furoshiki para guardar as roupas enquanto se banhavam nos banhos públicos, conhecidos como Sento. Há 16 vagas para cada sessão, e a inscrição deve ser feita uma hora antes, na recepção do Masp.
JAPAN HOUSE (número 52)
Às 16h: Polvos Poéticos
A atividade da Casa das Rosas é inspirada na antiga brincadeira do telefone sem fio. Atores do Grupo Sensus declamam Haikais japoneses através de conduítes, para serem ouvidas por seis pessoas simultaneamente. Os Haikais apresentados são pequenos poemas traduzidos por Haroldo de Campos e Guilherme de Almeida.
