Lara Croft tem uma carreira de sucesso nos games. Nos cinemas, nem tanto: os filmes protagonizados por Angelina Jolie, de 2001 e 2003, não podem nem ser considerados uma boa “sessão a tarde”. “Tomb Raider: A Origem”, que estreia nesta quinta (15/3), é um enorme avanço quando comparado aos longas antigos. Com atuação da talentosa Alicia Vikander (vencedora do Oscar por “A Garota Dinamarquesa”), é um bom reboot para a franquia.
“Tomb Raider: A Origem”, entretanto, ainda tinha potencial para ser mais. As cenas de ação – a maioria delas presente no trailer – deixam a desejar, tanto em qualidade quanto em quantidade. Talvez um diretor mais familiarizado com o gênero do que Roar Uthaug (de “A Onda”) conseguiria um resultado melhor.
Mas Vikander segura o papel como ninguém: menos sexualizada do que Jolie, ela traz mais humanidade para a personagem – que apanha, sangra e ainda está aprendendo.
Na trama, Lara (Vikander) se recusa a aceitar que o pai, Richard (Dominic West), morreu – o homem desapareceu há sete anos na costa do Japão. A jovem se nega, portanto, a assinar os papéis que lhe dão direito à enorme herança da família. Lara prefere viver como entregadora de comida, participar de arriscados desafios de bicicleta e treinar lutas, quando possível.
Tudo muda, porém, quando ela descobre a pesquisa de seu pai: inconformado com a morte da mulher, ele começou a estudar o sobrenatural. Encontrou uma lenda japonesa, que dizia que uma rainha tinha o poder de trazer a morte. Ela foi enterrada viva em uma tumba, selada por enigmas. Caso aberta, ela trará novamente o mal para a Terra.
Lara, então, decide ir até a ilha onde está a tumba – e onde provavelmente seu pai desapareceu. Lá, ela se depara com a Trindade, comandada pelo implacável Vogel (Walton Goggins), uma organização que tenta desvendar os mistérios para ter acesso ao corpo da rainha.
Os principais elementos que tanto fazem sucesso nos games estão lá: aventura, ruínas, enigmas, lutas, arco e flecha. Embora, vamos dizer novamente, as cenas de ação pudessem ser melhores.
“Tomb Raider: A Origem” é um bom recomeço para a franquia, desde que os erros sejam ajustados, porque a Lara Croft de Alicia Vikander faz o público ficar vidrado na tela – pena que ainda não há novos filmes confirmados.
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