Os clássicos da Disney nunca morrem. Tanto é assim que o estúdio tem feito um movimento interessante no cinema: animações dos anos 1980 e 1990 estão ganhando versões live-action (ou seja, com atores reais), como “Cinderella” e “A Bela e a Fera”. “Aladdin” é o próximo da lista: o filme de Guy Ritchie estreia em maio de 2019.
Mas a verdade é que não é preciso esperar o lançamento dos filmes para reviver a infância. A Broadway se antecipou ao cinema e tem levado os filmes clássicos para o palco do teatro. Assim foi com “A Bela e a Fera” (1994), “O Rei Leão” (1997), “Mary Poppins” (2006), “A Pequena Sereia” (2008) e “Aladdin” – a produção mais recente, que estreou na Broadway em 2014.
E visitar a Agrabah teatral vale à pena – e não precisa ser tão caro quanto parece. Com planejamento (e antecedência), dá para comprar os ingressos aqui do Brasil, em reais, e ainda dividir o valor em até seis vezes sem juros pelo site da agência WePlann (confira aqui).
Veja, abaixo, os melhores momentos do musical e as diferenças entre a versão teatral e o desenho da Disney.
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O voo do tapete
Prepare-se para ficar de boca aberta: a cena de “A Whole New World” (“Um Mundo Ideal”, em português) é de tirar o fôlego.
A equipe da Broadway conta com Jim Steinmeyer, especialista em ilusionismo, também responsável por espetáculos como “A Bela e a Fera” e “Mary Poppins”. De seu trabalho, resulta a cena em que Aladdin e Jasmine voam no tapete mágico, em frente a um céu estrelado. Esta repórter olhou, olhou e olhou novamente o palco – mas não conseguiu ver sequer um fio ou estrutura que levantasse o tapete. O resultado é incrivelmente belo.
Outras cenas que marcam são as das canções “One Jump Ahead”, na qual Aladdin foge dos guardas em Agrabah com coreografias super divertidas, e “You Never Had a Friend Like Me”, que introduz o Gênio.
O Gênio
E não tem para ninguém: quem rouba a cena no palco da Broadway é mesmo o Gênio. O personagem é responsável por conduzir cenas cômicas – além disso, grande parte dos efeitos especiais da montagem o acompanham. Ao sair da lâmpada, por exemplo, ele surge debaixo do palco, por uma abertura estreita.
O Gênio é tão cativante que o ator James Monroe Iglehart, o primeiro a interpretá-lo, levou o prêmio Tony (o Oscar dos musicais) de melhor ator coadjuvante. Atualmente, quem dá vida ao Gênio é Major Attaway.
Saem animais, entram humanos
Uma das grandes graças de “Aladdin” são os bichos que acompanham os personagens: o papagaio Iago, o macaco Abu e o tigre Rajar. A equipe da Broadway, contudo, preferiu não adaptá-los ao palco – em vez disso, os papéis e funções são cumpridos por seres humanos.
Abu e Rajar foram excluídos da adaptação. Parte do papel de Abu é cumprido por três amigos de Aladdin, Bababk, Omar e Kassin. São eles que acompanham os protagonistas em suas aventuras (e desventuras) como ladrão em Agrabah.
A princesa Jasmine também tem como confidentes amigas, em vez de seu fiel tigre de estimação. É uma adaptação necessária: no desenho da Disney, Jasmine é a única mulher da história – o filme é reprovado, portanto, no Teste de Bechdel, que analisa o bom uso de personagens femininas nas obras (o primeiro requisito dele é ter duas personagens com nome; “Aladdin” já é reprovado aí).
Iago, por sua vez, está na adaptação, mas ele é um humano que trabalha para o vilão Jafar.