Um colar de diamantes único será roubado em “Oito Mulheres e Um Segredo”, que estreia nesta quinta (7/6).
Inspirado em “Onze Homens e Um Segredo” (2001), o longa tem trama mais simples e é estrelado por mulheres – caso parecido com “Caça-Fantasmas” (2016), que também ganhou versão com time feminino.
Em “Oito Mulheres”, Debbie Ocean (Sandra Bullock) – irmã de Danny (George Clooney), comandante dos ladrões em “Onze Homens” – ganha liberdade condicional e deixa a prisão. Ela logo busca a amiga Lou (Cate Blanchett), que ganha a vida batizando multiplicando garrafas de vodca ao batizá-las com água.
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Debbie tem um plano ousado: roubar o Toussand, colar de diamantes que vale US$ 150 milhões e que fica sempre trancado em um cofre. A protagonista e Lou recrutam a estilista falida Rose Weil (Helena Bonham Carter) – ela deverá vestir a atriz Daphne Kluger (Anne Hathaway) para o esperado baile de gala do Met, o Museu Metropolitano de Nova York, e convencê-la a pedir o Toussand emprestado e usá-lo no evento.
Como não é nada fácil roubar um colar milionário em pleno baile de gala do Met, Debbie Ocean recruta outras ladras: a designer de joias Amita (Mindy Kaling), a contrabandista Tammy (Sarah Paulson), a hacker Bola Nove (Rihanna) e a batedora de carteiras Constance (Awkwafina).
Por que um time só de mulheres? “Porque não podemos chamar a atenção; precisamos ser ignoradas”, responde Debbie Ocean, no único aceno claro ao feminismo no filme.
A trama de “Oito Mulheres e Um Segredo” é envolvente, mas o plano mirabolante tem várias falhas – furos de roteiro que não foram vistos em “Onze Homens e Um Segredo”. A direção de Gary Ross também é bem inferior a de Steven Soderbergh, que comandou o longa dos homens.
Por outro lado, o elenco com excelentes atrizes compensa a trama bobinha. Mindy Kaling e Helena Bonham Carter formam a dupla que brilha em cenas cômicas, enquanto Anne Hathaway tira sarro do estereótipo de celebridade burra de Hollywood.
“Oito Mulheres e Um Segredo” diverte, mas perde feio para o filme original masculino, o que também aconteceu com “Caça-Fantasmas”. É a desvantagem de se fazer a releitura de um longa que já existe – embora a intenção seja nobre.
Talvez a indústria perceba agora que o melhor caminho é produzir obras originais protagonizadas por mulheres – “Atômica” e “Mulher-Maravilha” estão aí para provar que esse caminho dá muito certo.