Após um hiato de três anos, os dinossauros estão de volta: “Jurassic World – Reino Ameaçado” estreia em 21/6. A aventura diverte, como tem que ser. É uma pena, contudo, que o melhor clímax do longa esteja na primeira metade – a segunda, por outro lado, dá uma esfriada no público.
Na trama, dirigida por J.A. Bayona (de “O Impossível”), o parque foi fechado após os lamentáveis acontecimentos de “Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros” (2015). Claire (Bryce Dallas Howard) trabalha em um centro de resgate de animais. Quando um vulcão começa a entrar em atividade na Isla Nublar, ilha na qual o parque era localizado, a moça decide tentar salvar os dinos da segunda extinção.
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Ela é contatada por Benjamin Lockwood (James Cromwell), antigo sócio de John Hammond, diretor do Jurassic Park. Ele tem uma ilha para a qual os animais podem ser levados. Como Lockwood já tem idade avançada, porém, quem cuida de seus negócios é o inescrupuloso Eli (Rafe Spall).
Claire une uma equipe de especialistas para embarcar na missão: o atrapalhado Franklin (Justice Smith), a veterinária Zia (Daniella Pineda) e Owen (Chris Pratt), que retorna para tentar contactar a velociraptor treinada Blue.
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E está aí o grande trunfo de “Reino Ameaçado”: as sequências de resgate e de erupção do vulcão na ilha são as melhores partes do longa.
Como o trailer mostra, Eli passa a perna em Claire e Owen e, em vez de resgatar os dinossauros, quer vendê-los em um leilão. A segunda parte do filme se passa na cidade, mais precisamente na mansão de Lockwood. Lá, porém, está um dinossauro geneticamente modificado (como no primeiro filme, nenhuma novidade aqui…), o mortal Indominusraptor.
E, agora, aí está o grande desperdício de “Reino Ameaçado”: J.A. Bayona, espanhol que dirigiu o excelente terror “O Orfanato” (2007), poderia (e deveria) ter adicionado elementos de suspense e terror a “Jurassic World”.
A premissa, criada pelos roteiristas Colin Trevorrow (que dirigiu o primeiro “Jurassic World”) e Derek Connolly, é boa. Pessoas em uma mansão, escura e cheia de passagens secretas, com um dinossauro letal e inteligente à solta. Poderia ser (que sonho se fosse!) uma versão grande da histórica cena da cozinha de “Jurassic Park” (1993).
O resultado final, porém, desperdiça todo o potencial do filme. As cenas não causam a tensão que deveriam causar, e “Reino Ameaçado” termina em um anticlímax, embora abra caminho para uma sequência.
Por aqui, continuamos a ter saudades de “Jurassic Park” – bons eram os tempos de carros caindo da árvore, de escaladas em cercas de alta tensão e de velociraptores soltos na cozinha. E, acima de tudo, saudades de quando os dinossauros eram puramente predadores, e não dinos bonitinhos e treinados.