O espetáculo é um primor, daqueles que não dá para perder. Por isso, o Culturice lista 5 qualidades da peça “A Profissão da Sra. Warren”, que fica em cartaz até domingo (22) no Masp, em São Paulo, e mostra como uma filha reage ao descobrir que a mãe coordena uma rede de bordéis.
1. Nova época. A ideia de trazer a história, escrita no final do século 19, para os anos 1950 foi um acerto. Temas como preconceito, aceitação, riqueza, poder, hipocrisia, dilemas morais e o papel da mulher na sociedade chegam mais forte ao público, que consegue identificar sinais disso tudo ainda hoje.
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2. Elenco. Todo mundo é muito bom. Em cena temos Clara Carvalho (Sra. Warren), Sergio Mastropasqua (George Crofts), Mário Borges (Praed), Cláudio Curi (reverendo Samuel Gardner), Caetano O’Maihlan (Frank Gardner) e Karen Coelho (Vivie Warren), impecável.
3. Texto. Diálogos inteligentes e ótimos debates permeiam o texto de Bernard Shaw, traduzido por Clara Carvalho. A naturalidade prende a atenção da plateia. O autor recebeu o Nobel de Literatura em 1925 (por “Santa Joana”) e o Oscar de melhor roteiro em 1939 (“Pigmaleão”).
4. Humor. É na categoria tragicomédia que a peça se encaixa, e o humor, aqui, aparece muitas vezes de uma maneira inesperada e sem nenhuma forçação de barra. Acrescenta muito ao espetáculo.
5. Iluminação/Figurino/Cenário/Trilha. Esse quarteto faz toda a diferença. O desenho de luz criado por Caetano Vilela, o figurino de Fabio Namatame, o cenário de Duda Arruk e a trilha de Gregory Slivar conferem elegância e força à montagem, dirigida pelo talentoso Marco Antônio Pâmio.
A Profissão da Sra. Warren
Onde: Auditório do Masp – Avenida Paulista, 1.578, Bela Vista, São Paulo, SP
Quando: até 22/7 – sexta (21h), sábado (21h) e domingo (20h)
Quanto: R$ 30 (sexta) e R$ 50 (sábado e domingo)
+ infos: 12 anos / 100 minutos
