Houve um intervalo de dez anos entre “Mamma Mia! O Filme”, que estreou em 2008, e “Mamma Mia! Lá Vamos Nós de Novo”, sequência do musical que chega aos cinemas nesta quinta (2/8).
É preciso olhar para o segundo longa de maneira diferente. Ao contrário da produção primogênita, “Lá Vamos Nós de Novo” não é baseado em um espetáculo teatral da Broadway – tem, portanto, roteiro original, assinado por Ol Parker (de “O Exótico Hotel Marigold”), que também se encarregou da direção. Está aí outra diferença: ele ocupa a cadeira deixada por Phyllida Lloyd, que comandou o primeiro filme e também a peça.
Parker escreveu um roteiro que é uma homenagem à obra “Mamma Mia!”, mas que também traz coisas novas – incluindo uma carga de drama que não estava presente no primeiro longa.
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A principal característica de “Mamma Mia!”, claro, continua ali: a trilha sonora tem apenas músicas da banda ABBA. Elas continuam a embalar a história de Sophie (Amanda Seyfried), que resolve homenagear a mãe Donna (Meryl Streep) ao reformar o seu hotel, em uma exótica ilha na Grécia. À medida que prepara uma grande festa de reinauguração, Sophie recebe as divertidas amigas da mãe, Tanya (Christine Baranski) e Rosie (Julie Walters), além de seus três pais, Sam (Pierce Brosnan), Bill (Stellan Skarsgard) e Harry (Colin Firth).
Às cenas de Sophie, intercalam-se sequências que mostram o passado de Donna, agora interpretada por Lily James (“O Destino de uma Nação”). Agora, sim, carregada com humor e com a alegria típica de “Mamma Mia!”, a história relata como Donna conheceu os três homens de sua vida, como ela foi parar na Grécia e como, afinal, acabou tendo que criar a filha sozinha.
É bom ver que algumas canções do ABBA que estão no espetáculo da Broadway, mas que acabaram ficando de fora no corte final do primeiro filme, foram reaproveitadas. Estão lá “Knowing Me, Knowing You”, “The Name of the Game” e “One of Us”. “Thank You for the Music”, “Waterloo”, que só estavam nos créditos de “Mamma Mia!” (2008), foram introduzidas de fato no roteiro.
Como não poderia ser diferente, as clássicas “Dancing Queen” e “Mamma Mia!” estão lá de novo, com interpretações diversas.
Parker foi inteligente no roteiro. Ele não precisou criar exatamente uma história nova e ainda aplacou a curiosidade dos fãs sobre o passado de Donna. A ótima (e alegre!) interpretação de Lily James dá um charme todo especial. E, claro, Cher, que vive a avó de Sophie, também levanta o longa, embora apareça pouco.
“Lá Vamos Nós de Novo” não se equipara ao nível de “Mamma Mia!” (2008). Mas consegue fazer uma homenagem ao primeiro filme, agradar aos fãs e contar outra versão da amada história.