“Meu Ex É um Espião”, que estreia nesta quinta (23/8), mistura os gêneros comédia e espionagem em um filme só. Não é exatamente uma fórmula nova – franquias como “A Pantera Cor-de-Rosa” e “Johnny English” já fazem isso há tempos. Seria preciso, portanto, uma ótima trama e boas atuações. Mas o filme não entrega nem um, nem outro.
Mila Kunis interpreta Audrey, uma mulher que chegou aos 30 anos e levou um fora do namorado, Drew (Justin Theroux), por mensagem de texto. Desolada, ela se apoia na animada amiga, Morgan (Kate McKinnon).
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Só que as duas são envolvidas em uma grande conspiração quando descobrem que Drew é, na verdade, um espião. Eles lhes deixa a missão de levar um objeto até Viena, na Áustria, e entregá-lo em segurança a um contato.
Mas, em como todo filme de espionagem, Audrey e Morgan não sabem em quem confiar, seja em amigos de parentes ou em agentes secretos as perseguem e afirmam que querem ajudar.
Totalmente leigas no quesito “espionagem”, as personagens precisam usar a inteligência – já que lhes falta habilidade – para cumprir a missão.
Audrey e Morgan formam um contraste já clássico em filmes de comédia. Audrey é bonita e inteligente, mas um pouco medrosa, enquanto Morgan se encarrega da maioria das piadas e, embora menos inteligente, toma mais iniciativas.
“Meu Ex É um Espião” até tem momentos engraçadinhos, mas são prejudicados pelas caras e bocas exageradas de Kate McKinnon (que funcionam no programa de TV “Saturday Night Live”, mas são um pouco demais para o cinema).
Mila Kunis, por sua vez, entrega um atuação apenas ok. “Meu Ex É um Espião” dá continuidade às más escolhas da atriz, cujos últimos filmes foram “Perfeita É a Mãe!” (2016), “Perfeita É a Mãe! 2” (2017) e “O Destino de Júpiter” (2015).
“Meu Ex É um Espião” dá uma diversão mediana por duas horas – vai ser rapidamente esquecido quando outro filme de espionagem, ainda que ligeiramente melhor, for lançado.