Crítica | ‘WiFi Ralph’ transforma a internet em uma metrópole fascinante

Na nova animação da Disney, os personagens de games Ralph e Vanellope deixam o fliperama para explorar a internet


Seis anos após “Detona Ralph” (2012), os personagens de videogame Ralph e Vanellope ganham uma nova aventura. Em “WiFi Ralph”, que mira as férias escolares e estreia em 3/1/2019, eles deixam o fliperama para explorar a internet.  

A corredora Vanellope von Schweetz fica desolada quando o volante do seu game, o “Corrida Doce”, quebra. Caso uma nova direção não seja comprada, o arcade será aposentado para sempre – deixando todos os seus personagens sem teto. Mas Ralph e Vanellope descobrem que é possível comprar a peça no eBay. 

Coincidentemente, o dono do fliperama instala internet sem fio no local. Embora a entrada no WiFi seja proibida, Ralph e Vanellope decidem se arriscar para encontrar o eBay e, assim, salvar o “Corrida Doce”. 

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Vanellope conhece as princesas da Disney (Foto: Divulgação)

Rich Moore e Phil Johnston, de “Zootopia – Essa Cidade É o Bicho”, assumem a direção de “WiFi Ralph”. E, como no seu filme anterior, eles demonstram maestria em criar uma cidade encantadora (a Disney, aliás, também fez isso muito bem em “Divertidamente”, ao transformar a mente humana em um município com funcionamento lógico).

Se em “Detona Ralph”, o fliperama era a cidade (com transporte público entre um jogo e outro, salas de convivência e até um bar), a internet de “WiFi Ralph” é uma metrópole. Os principais websites e redes sociais são enormes prédios: Google, Facebook, Pinterest, Amazon, eBay. Os passarinhos que cantam alegremente pela cidade são o logotipo do Twitter. Os vendedores ambulantes, que mostram uma placa e insistem para que os internautas cliquem nelas, são os inconvenientes pop-ups.

Como Ralph e Vanellope pouco sabem sobre a internet, eles só descobrem que é preciso pagar pelas compras no eBay depois que selecionam o volante do “Corrida Doce”. Eles têm poucas horas para conseguir a grana ou o item será vendido a outro internauta. 

Os amigos, então, acabam conhecendo Yesss, uma empresária que comanda as tendências do site BuzzzTube, uma espécie de YouTube. Ralph, então, decide estrelar vídeos para fazê-los viralizar na internet e render dinheiro.

Ralph e Vanellope, porém, acabam conhecendo também o lado ruim da internet: os comentários maldosos em redes sociais e vírus que destroem programações.

Divertido, “WiFi Ralph” ainda aproveita bem o universo da Disney – que, atualmente, é muito vasto: além dos personagens do próprio estúdio, aparecem famosos da Pixar, da Marvel, de “Star Wars”. 

As clássicas princesas da Disney, como Ariel, Bela Adormecida e Moana, lembram um pouco aquelas moças atrapalhadas da realeza de “Shrek”. Mas elas logo demonstram que podem ser mais do que as donzelas em perigo.

Embora a cidade de “WiFi Ralph” seja fascinante, a animação é longa – tem 1 hora e 52 minutos. Os conflitos da trama poderiam ser resolvidos em menos tempo para evitar uma possível fadiga do espectador.

Assista ao trailer de “WiFi Ralph”