Retrospectiva: Os 15 melhores filmes de 2018

Do blockbuster "Vingadores: Guerra Infinita" ao belíssimo "Roma", de Alfonso Cuarón, selecionamos 15 filmes que marcaram o ano


No fim do ano, muita gente faz um balanço do que foi bom e do que foi ruim nos últimos 12 meses. Quem é cinéfilo pesa o cinema – e 2018 trouxe bons filmes às telas.

O Culturice fez uma retrospectiva e selecionou 15 filmes marcantes que estrearam nesse ano, entre dramas, animações e ações; blockbusters e filmes de arte; longas feitos para o cinema e outros para streaming.

Confira abaixo a lista – e tente virar 2019 tendo visto todos esses.

15º – Trama Fantasma

Paul Thomas Anderson nos trouxe a história do estilista Reynolds Woodcock, interpretado por Daniel Day-Lewis em seu último papel no cinema. A busca por uma musa inspiradora é acompanhada por figurinos deslumbrantes e trilha sonora marcante. Leia aqui a crítica de “Trama Fantasma”.


14º – Pantera Negra

“Pantera Negra” foi marcante para a Marvel Studios – e também para 2018. Foi o primeiro longa do estúdio a ter um protagonista negro (interpretado por Chadwick Boseman), além de personagens femininas fortíssimas (Lupita Nyong’o, Danai Gurira e Letitia Wright). O elenco ainda tem nomes como Daniel Kaluuya, Angela Basset, Forest Whitaker, Michael B. Jordan e Andy Serkis, todos sob direção de Ryan Coogler (de “Creed”). Leia aqui a crítica de “Pantera Negra”.


13º – Vingadores: Guerra Infinita

A Marvel Studios atingiu o ápice de 2018 em abril com “Guerra Infinita”, o terceiro filme coletivo de seus heróis. Os fãs vibraram ao ver Capitão América, Homem de Ferro, Viúva Negra ao lado de heróis como Homem-Aranha, Doutor Estranho, Guardiões da Galáxia e Pantera Negra. Poderia ser uma aventura vazia, mas o longa trouxe roteiro consistente e ainda explorou um viés dramático, pouco abordado na Marvel até então. Leia aqui a crítica de “Vingadores: Guerra Infinita”.


12º – Me Chame pelo Seu Nome

Vencedor do Oscar de melhor roteiro adaptado (e indicado em mais três categorias, como melhor filme), “Me Chame pelo Seu Nome” mostrou sensibilidade ímpar ao tratar de adolescência, despertar sexual e homossexualismo. Com direção do italiano Luca Guadagnino e produção do brasileiro Rodrigo Teixeira, o longa foi um dos melhores dramas românticos do ano. Leia aqui a crítica de “Me Chame pelo Seu Nome”.


11º – Lady Bird – A Hora de Voar

Greta Gerwig provou que uma comédia sobre amadurecimento e feminilidade não precisa necessariamente ser um filme tipo “sessão da tarde”. Com direção e roteiro bons, Gerwig nos trouxe a história de Lady Bird (Saoirse Ronan), uma adolescente que está prestes a se formar na escola e entrar na faculdade. Ela ainda precisa lidar com questões de relacionamento, como a popularidade na escola e a perda da virgindade. Não à toa, o filme foi indicado a cinco Oscar. Leia aqui a crítica de “Lady Bird”.


10º – O Animal Cordial

Em 2018, a diretora Gabriela Amaral Almeida trouxe às telas um tipo de filme raríssimo (se não, inédito) no cinema nacional. “O Animal Cordial” é um terror do tipo “slasher”, ou seja, que usa e abusa da violência gráfica. O longa discute até que ponto podemos manter nossa civilidade por meio da história de um dono de restaurante (Murilo Benício) que resolve reagir a um assalto no seu estabelecimento. Leia aqui a crítica de “O Animal Cordial”.


9º – Viva – A Vida É uma Festa

“Viva” foi a aposta da Disney Pixar para as férias de janeiro, lá no começo de 2018. Nenhum filme que a Disney lançou nos meses seguintes o superou. A animação mostra a cultura mexicana, especialmente o Día de los Muertos, para falar de luto, perda e memória. Venceu o Oscar de melhor animação e o de melhor canção original por “Remember Me” – e é realmente difícil não se emocionar com essa música. 


8º – Infiltrado na Klan

Spike Lee tirou o fôlego de todo mundo ao contar um pouco da história da Klu Klux Klan no fim da década de 1970 – só que ele deixou bem claro que, de lá para cá, poucas coisas mudaram. A trama acompanha o policial negro Ron Stallworth (John David Washington), que consegue estabelecer contato com membros do grupo por telefone. Ele decide, então, se infiltrar na Klu Klux Klan. Para isso, o parceiro de profissão – e branco – Flip (Adam Driver, de “Star Wars”) precisa fingir que é ele. Com humor, Lee consegue tratar de racismo, intolerância e extremismo – temas ainda muito necessários para os dias de hoje.


7º – A Forma da Água

O conto de fadas moderno de Guillermo del Toro levou o Oscar de melhor filme – na opinião do Culturice, outros filmes mereciam mais (como o que o ocupa a primeira posição desse ranking). Mas nem por isso “A Forma da Água” deixa de ser um dos melhores filmes de 2018. Del Toro encanta com o romance fantástico entre a funcionário de um laboratório (Sally Hawkins) e uma estranha criatura aquática. Além da boa história, os cenários e os figurinos deixam tudo muito mais bonito. Leia aqui a crítica de “A Forma da Água”.


6º – Em Chamas

Veio da Coreia do Sul um dos melhores filmes do ano. O jovem Jongsu encontra Haemi, amiga de infância que era sua vizinha. Ela vai viajar para a África e volta acompanhada de Ben (Steven Yeun, de “The Walking Dead”). Com esse mote, “Em Chamas” sugere um simples triângulo amoroso. Mas é aí (na verdade, já com uma hora de filme) que vem o “plot twist”: Ben confessa seu prazer por cometer um crime, sem motivação clara, e com periodicidade certa. Tudo, então, vira um suspense envolvente. O longa está no páreo por uma vaga para concorrer ao Oscar de melhor filme estrangeiro.


5º – Bohemian Rhapsody

Certamente, um dos filmes mais marcantes do ano – poderia ser só pela comoção do público em correr para assisti-lo nos cinemas. Mas “Bohemian Rhapsody” é mesmo um longa muito bom, apesar de ter claros erros cronológicos na história de Freddie Mercury, vocalista da banda Queen. Há, portanto, falhas quando classificamos “Bohemian Rhapsody” como cinebiografia. Mas, como filme para entretenimento, ele funciona, e muito bem. A direção de Bryan Singer é certeira e Rami Malek tira o fôlego de todo mundo ao interpretar Mercury.


4º – As Viúvas

Em 2014, Steve McQueen impressionou todo mundo com “12 Anos de Escravidão”. Ele o fez novamente em 2018, desta vez não com um filme sobre História, mas com um drama poderoso. “As Viúvas” traz Viola Davis, Michelle Rodriguez e Elizabeth Debicki como três mulheres cujos maridos, que eram ladrões, morreram ao praticar um roubo. Elas são, então, deixadas com uma dívida de US$ 2 milhões. Para conseguir a grana, elas decidem realizar um plano ousado deixado por Harry (Liam Neeson), o líder da quadrilha. Leia aqui a crítica de “As Viúvas”.


3º – Ilha dos Cachorros

Como não amar cachorros? E como não amar Wes Anderson? Na animação em stop-motion “Ilha dos Cachorros”, o diretor conta uma história que se passa no Japão. Lá, os cães foram responsabilizados por disseminar uma doença. Para deter o contágio, os animais são todos largados em uma ilha cheia de lixo. O garotinho Atari vai até lá de avião para procurar seu cãozinho, Spots. Ele, então, faz amizade com quatro outros cachorros. Encantador, o filme conta com vozes de Bryan Cranston, Bill Murray, Greta Gerwig, Edward Norton e Liev Schreiber, entre outros. Leia aqui a crítica de “Ilha dos Cachorros”.


2º – Roma

Alfonso Cuarón (de “Gravidade” e “Filhos da Esperança”) deu um tempo das ficções científicas grandiosas para apostar em um filme poético, em preto e branco, e quase biográfico. Ainda bem. “Roma”, feito para a Netflix, se passa na Cidade do México na década de 1970 e acompanha uma típica família de classe média-alta. O longa é centrado em duas figuras femininas fortes: Sofia (Marina de Travira), mãe e patroa, e Cleo (Yalitza Aparicio), a empregada doméstica. As duas são abandonadas por homens – Sofia é deixada com os filhos pelo marido, que já arrumou outra família, e Cleo é largada grávida pelo namorado. Diferença social, feminismo, conflitos políticos e dinâmica familiar são alguns dos temas tratados nesse longa muito, muito bonito.


1º – Três Anúncios para um Crime

Nós gostamos de primeiros lugares polêmicos (em 2017, nomeamos “Mãe!” como o melhor filme do ano). “Três Anúncios para um Crime” agradou a muita gente – e a outras, nem tanto. Talvez pelo final ambíguo, que achamos genial, mas que muitas pessoas julgaram ser aberto demais. No filme, Martin McDonagh faz um equilíbrio bastante ousado entre drama, violência e humor negro. Frances McDormand interpreta a implacável Mildred, que cobra das autoridades locais a solução para o assassinato de sua filha. Para isso, ela aluga três outdoors na saída da cidade – chamando, assim, a atenção da imprensa, da polícia e dividindo a opinião dos habitantes locais. Leia aqui a crítica de “Três Anúncios para um Crime”.