Lançada em agosto de 2019, a editora Efêmera não conseguiu realizar o evento de lançamento de quatro peças curtas, em abril, por causa da pandemia do novo coronavírus, mas decidiu disponibilizar os textos de graça para que o público possa se deliciar e se entreter nessa época de quarentena.
Escritas por novos dramaturgos brasileiros, as obras selecionadas são “O Estado contra George em Alcolu” (de Leo de Sá), que fala sobre racismo e pena de morte; “Cartografia para uma Oliveira” (Ana Gagliardo), sobre as ações violentas do estado israelense em território palestino; “O Último Supermercado do Mundo” (Pedro Riera), que trata de relações de consumo e da precarização das condições de trabalho; e “Re.luto” (Vana Medeiros), uma comédia crítica sobre controle de corpos femininos e abuso de poder.
Além das quatro obras listadas acima, a Efêmera realizou uma nova convocatória durante a quarentena e reuniu outras nove peças curtas, também disponibilizadas pelo site. Chamado de “Coleção curta_curta”, o projeto traz as seguintes publicações: “A Oceanografia do Isolamento” (Filipe P.), “As Colônias” (Leo de Sá), “O Tempo das Coisas” (Ligia Grammont), “Estrangeiro” (Ligia Souto), “Pegloto Inflamado” (Marcus Mazieri), “Pássaros Pretos” (Airá Fuentes Tacca), “Suruba para Colorir” (Bruna Varga e Lara Duarte), “Papel de Parede” (Thaísa Gazelli) e “Viva Voz” (Herácliton Caleb).
A editora Efêmera é comandada por quatro jovens dramaturgos que decidiram publicar e divulgar produções de outros dramaturgos brasileiros independentes, já que outras empresas editoriais do ramo teatral costumam trabalhar com obras que já tenham feito um relativo sucesso nos palcos.
Lígia Souto, Pamella Martelli, Eduardo Aleixo e Marcus Mazieri se conheceram em 2015 na SP Escola de Teatro e dividem as funções de curadoria, revisão, edição, diagramação e distribuição.