O filme “Plan 75” (“Plano 75”) se passa em um futuro próximo e imagina um Japão cujo governo estimula a eutanásia de todos aqueles com mais de 75 anos. Isso tudo porque o país possui um número alto de idosos e, com esse programa social, espera “resolver” o problema de gastos excessivos com a população superenvelhecida.
As sessões no Festival de Cannes foram realizadas nos dias 20 (Un Certain Regard), 21 e 22 de maio. Na história, o governo oferece um valor em dinheiro para quem quiser se inscrever no programa, ou seja, morrer. É tudo simples: o interessado assina um contrato, recebe um pagamento e pouco tempo depois é contactado para a marcação da data fatídica.
Escrito e dirigido por Chie Hayakawa, o filme acompanha, então, a vida de uma mulher cujos meios de sobrevivência são insuficientes, de um vendedor pragmático do Plano 75 e de um jovem trabalhador filipino que precisam enfrentar escolhas de vida e morte.
O envelhecimento da população japonesa é, de fato, algo bastante debatido pelos governantes, por isso, o filme se torna ainda mais agoniante e, de certa forma, atual.