3ª Mostra Internacional de Cinema Virtual traz 21 filmes inéditos ou recém-lançados

Realizado em parceria com os consulados de 13 países, o evento gratuito será exibido até 15/12 na plataforma #CulturaEmCasa


O suspense “O Número 10”, do cineasta Alex van Warmerdam, foi lançado na Holanda em setembro de 2021 (Divulgação)

 

A 3ª Mostra Internacional de Cinema Virtual coloca à disposição do público 21 filmes vindos de 13 países, todos com exibição gratuita pela plataforma de streaming e vídeo por demanda #CulturaEmCasa (clique aqui para acessá-la).

As produções são liberadas em sessões especiais às 18h e às 21h, e depois ficam no catálogo até 15 de dezembro, para quem quiser ver e rever as obras. 

O evento é uma realização das secretarias estaduais de Cultura e Economia Criativa e de Relações Internacionais em parceria com os consulados de 13 países. Os longas-metragens, curtas e documentários da programação têm em comum o fato de serem ou inéditos no Brasil ou recém-lançados.

Parte da programação da 3ª edição da Mostra Internacional de Cinema Virtual (Reprodução)

Cuba, Índia, Cabo Verde e a província de Québec apresentam nesta edição o maior número de filmes, com três obras cada. Na sequência, aparecem Israel, Itália, Bélgica, França, Chile, Holanda, Espanha e Moldávia, que serão representados na mostra por uma produção.

A maioria dos filmes têm classificação indicativa livre, e apenas três são recomendados para maiores de 16 anos: “O que Arde” (Espanha), “Baahubali: O Início” (Índia) e “Baahubali: A Conclusão” (Índia)
 

Nesta edição, Cuba traz três documentários, “Professora (Maestra)”, “Silvio Rodriguez – Mi Primera Tarea” e “A Gota d’Água”, que abordam, respectivamente, o processo de alfabetização cubano nos anos 1960, a trajetória do cantor Silvio Rodriguez e as dificuldades enfrentadas pela ilha em função do embargo dos EUA.
 

O consulado da Índia, por sua vez, escolheu três longas: “Neerja” (O Poder da Coragem) e os já citados “Baahubali: O Início” e “Baahubali: A Conclusão”. “Neerja” é baseado na história real do sequestro de um avião pela organização terrorista Abu Nidal em 1986. Em “Baahubali: O Início”, o menino Shivudu escapa da morte após o assassinato de seu pai, o rei Amarendra Baahubali. Essa foi considerada a obra mais cara da Índia, a um custo de US$40 milhões – e o longa indiano de maior sucesso nos Estados Unidos.
 

Cabo Verde será representado na Mostra por dois documentários (“MAMA” e “Os 47’s, Depoimentos que Ficaram”) e um curta-metragem (“Mansu, Mansu”). Os dois documentários estrearam este ano em Cabo Verde. “MAMA” aborda a experiência de uma filha que registra a perda de memória da mãe, e “Os 47’s” retrata a fome que viveu o povo cabo-verdiano ao longo dos anos 40.
 

A província do Québec selecionou “Confiança”, uma animação que conta a história de uma árvore tentando sobreviver na natureza, “Kuujjuaq”, de Sammy Gadbois, que traz o olhar de um adolescente sobre sua vila natal, e o documentário “Ute Kanata” (Aqui no Canadá), de Virginie Michel, que retrata a importância dos povos aborígenes na formação do Canadá.
 

“Sublet” é um filme israelense de 2020. A obra, um drama LGBTQIAP+, é dirigida por Eytan Fox e estreou em abril de 2020 no Festival de Cinema de Tribeca (NY). No ano seguinte, entrou em cartaz na Europa.
 

O Consulado Italiano trouxe para a mostra “Il Giovane Corsaro”, filme-documentário lançado este ano e que investiga a vida e obra de Pier Paolo Pasolini, um dos principais nomes do cinema da Itália.
 

“SpaceBoy”, da Bélgica, estreou no ano passado no Brasil e conta a história de um menino que constrói secretamente um balão de ar para provar para o pai que tudo é possível.
 

A França preferiu um filme de amor. “L’Autre Continent” conta a história de Maria e Olivier, ambos com 30 anos, a única característica comum ao casal. De repente, os dois se encontram em Taiwan e, a partir daí, uma incrível história da força do amor acontece.
 

“C.R.A.Z.Y”, filme do Canadá, foi um sucesso de bilheteria e aborda os desafios de um filho homossexual, criado por um pai conservador.
 

O chileno “Cachimba”, de 2014, é uma comédia, protagonizada por um casal que encontra uma coleção de quadros no interior de uma casa antiga.
 

O suspense “O Número 10” foi lançado em mais de 1oo cinemas na Holanda em setembro do ano passado. O filme, o décimo do cineasta Alex van Warmerdam, traz a história de Günter, encontrado em uma floresta alemã aos quatro anos e que cresce em uma família adotiva.
 

Vencedor do Prêmio do Júri da mostra Um Certo Olhar no Festival de Cannes, “O que Arde” é o filme espanhol desta edição da Mostra Virtual. O longa fala de Amador Coro, condenado à prisão por ter provocado um incêndio. Com direção de Oliver Laxe, “O que Arde” é o filme galego mais visto na Espanha e o primeiro a chegar a Cannes.
 

Por fim, a Moldávia, pequeno país do Leste Europeu, prova mais uma vez que é gigante em sua produção cinematográfica. Nesta mostra, participa com o documentário “O Pequeno País com um Grande Coração”.

Lançado este ano, o filme explora o verdadeiro significado da hospitalidade por meio de uma história pouco conhecida. Neste ano, a Moldávia, um país com menos de 3 milhões de habitantes, recebeu mais de 450 mil refugiados ucranianos, que localmente eram conhecidos como “convidados”. A obra mostra como o país foi solidário à causa dos refugiados.