Crítica | Spin-off de ‘Invocação do Mal’, ‘A Freira’ promete mais do que entrega

Tido como mais tenebroso da franquia, filme tem boa cenografia e sustos previsíveis


Spin-off de “Invocação do Mal 2”, “A Freira”, que chega às telonas nesta quinta (6), é uma das estreias mais aguardadas pelos fãs de filmes de terror. Não seria para menos: além dos trailers assustadores já divulgados, o longa é produzido por James Wan e Peter Safran, que estiveram à frente de todos os filmes da franquia “Invocação do Mal”. 

A trama se passa nos anos 1950 e gira em torno de um padre (Demian Bichir, de “Uma Vida Melhor”) e uma noviça, a irmã Irene (Taissa Farmiga, da série de TV “American Horror Story”), que são enviados pelo Vaticano a um convento na Romênia para investigar o suicídio de uma freira. Ela é encontrada enforcada pelo jovem Frenchie (Jonas Bloquet, de “Elle”).

O padre Burke, interpretado por Demian Bichir (Divulgação)

O trio chega à abadia e logo descobre que uma força do mal está assombrando o local –trata-se de Valak, o demônio-freira que aparece em “Invocação do Mal 2” e em “Anabelle 2”. E então, o terror se desenvolve em cenas tomadas pela escuridão de dentro da abadia e pelo maniqueísmo da luta entre o cristianismo e as forças malignas. 

O filme segue sob a tutela de um dos demônios combatidos pelo casal Ed (Patrick Wilson) e Lorraine Warren (Vera Farmiga) –assim como Anabelle. A questão é que foi vendido como o mais tenebroso da franquia, e acaba por decepcionar quem vai ao cinema esperando que o filme supere seus antecessores –isso não acontece.

Valak, o demônio-freira que embasa o filme (Divulgação)

A atuação de Taissa Farmiga desperta simpatia –ela está realmente bem na trama–, mas o gênio rebelde da noviça, comparado ao das outras freiras, é pouco explorado. Pouco aproveitado também é o passado do padre Burke, especialista em exorcismos, e que carrega traumas por uma tentativa mal-sucedida de recuperar um menino.

As inserções cômicas de Frenchie serviriam para aliviar os momentos de tensão. Mas os sustos são tão previsíveis que o espectador ri mais do que fecha os olhos para as cenas. O roteiro é um pouco batido: demônio aparece, protagonistas combatem, demônio vai embora e deixa rastros. 

O que ganha pontos é a cenografia. Visualmente, “A Freira” é um dos melhores filmes da franquia. E, mesmo com alguns problemas, deve ter boa bilheteria e reafirmar o que já sabemos: o quanto o universo de “Invocação do Mal” tem potencial para fazer sucesso. 

Assista ao trailer de “A Freira”: