10 motivos para ver “Tarsila Popular” no Masp; exposição sai de cartaz neste domingo

Já vista por mais de 350 mil pessoas, a mostra fica aberta até a meia-noite neste fim de semana


Este é o último fim de semana para ver a exposição “Tarsila Popular” no Museu de Arte de São Paulo (Masp), em São Paulo.

Até domingo passado (21), a mostra já havia recebido 350 mil visitantes, e, devido ao sucesso, o horário foi estendido até a meia-noite. Outra novidade é que neste domingo (28), das 19h à meia-noite, a entrada será gratuita!

Veja 10 motivos para você não perder essa exposição grandiosa, que traz 92 obras de Tarsila do Amaral, uma das mais importantes artistas brasileiras.

Espaço na exposição “Tarsila Popular” (Divulgação)

1. São 92 trabalhos (92!), entre desenhos em grafite e telas. O Masp divulga que esta é a maior exposição já dedicada à artista.

2. Estão expostos os primeiros autorretratos da pintora, assim como os dos modernistas Oswald de Andrade (seu marido entre 1926 e 1930) e Mário de Andrade, seu grande amigo. Entre os desenhos, há um com dedicatória especial para Mário.

3. A tela “O Pescador” (1925), que pertence a um museu da Rússia, está sendo exposta no Brasil pela primeira vez.

4. A tela “Composição” (Figura Só) foi a única pintada por Tarsila em 1930, época em que sua família, constituída de fazendeiros cafeicultores, faliu e também o ano em que ela se separou de Oswald, que a deixou por Pagu (Patrícia Galvão), também pintora.

Obra “Antropofagia”, da mostra “Tarsila Popular” (Divulgação)

5. Há obras que marcam as diversas fases da artista, como a Pau-Brasil (1924 a 1928) e a Antropofágica (1928 a 1930). Outras pintadas em 1923, ano considerado por Tarsila o mais importante de sua carreira: “Ligada ainda ao Impressionismo, procurei André Lhote. Um mundo novo se revelava ao meu espírito angustiado ante os quadros cubistas da Rua Le Boetie (Paris), que então passei a frequentar. Lhote era o traço de união entre o Classicismo e o Modernismo. Seu desenho se baseava em Rembrandt, Michelangelo. Era do que eu precisava como transição”, disse a artista.

6. Da fase Social da artista tem a bela “Garimpeiros” (1938), que mostra em primeiro plano o rosto sofrido de um trabalhador. É nesta sala também que está a famosa tela “Segunda Classe” (1933), com seus passageiros pobres descalços.

7. Para quem vai com crianças ou alunos, é legal ver que a tela “Paisagem com Touro” (1925) mostra um zebu, raça que foi importada da Índia pela facilidade de reprodução, dando um impulso à pecuária brasileira.

Visão geral da exposição de Tarsila do Amaral, no Masp (Divulgação)

8. A tela “A Negra” (1923) recebe atenção especial nos comentários sobre as pinturas. É polêmica, a partir dos traços estereotipados, e, portanto, um dos trabalhos centrais da mostra. 

9. Há ainda “O Batizado de Macunaíma” (1956), uma das maiores telas pintadas por Tarsila. Tem cerca de 1,3 metro por 2,5m. Um desenho também está exposto no CCBB-SP, em “Vaivém”.

10. Na última sala, onde sempre há um aglomerado de gente tirando fotos e selfies, está… o “Abaporu” (1928), obra emprestada pelo Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires (Malba). Dá para conferir uma explicação curiosa sobre a motivação de pintar o quadro e de onde surgiu o nome. “Eu quis fazer um quadro que assustasse o Oswald, sabe?”…

Não percam!

“Tarsila Popular”

Onde: Masp – Avenida Paulista, 1.578, Bela Vista, São Paulo, SP
Quando: até 28/7; sábado e domingo (10h às 24h)
Quanto: R$ 40 e grátis (domingo das 19h às 24h)

Obra “Abaporu”, da exposição “Tarsila Popular (Divulgação)