Budismo e autoconhecimento são alguns dos temas abordados na peça “Sidarta”, em cartaz de quinta a domingo no Teatro Ipanema, no Rio de Janeiro, com ingressos a R$ 60.
Com três temporadas já realizadas na capital carioca, além de duas na Chapada dos Veadeiros, em Goiás, o espetáculo é o primeiro projeto solo teatro do ator e diretor Angel Ferreira, que atua e é responsável pela criação da obra, livremente inspirada no livro homônimo de Hermann Hesse, Prêmio Nobel de Literatura.
O monólogo, que conta com interlocução dramatúrgica de Walter Daguerre, é ambientado na Índia e narra a jornada do protagonista em busca de si mesmo, a partir de uma viagem que o próprio Hesse realizou em sua juventude. O livro, ficcional, abarca temas de valor existencial e mergulhos na ambiguidade entre os pólos sagrado-profano, sucesso-fracasso, prazer-privação, solidão-pertencimento.
A história fala sobre Sidarta, que deixa a casa dos pais seguido por seu amigo, Govinda. Eles aderem aos Samanas, vertente espiritual que busca a iluminação através da mortificação do corpo, mas, depois, desconfiado e desiludido com doutrinas, Sidarta conhece o próprio Buda e dele também se afasta, determinado a encontrar seu próprio caminho ou a morte.
Ele estabelece relação com uma cortesã da cidade, torna-se comerciante e embrenha-se no vício e no materialismo, para, novamente, deixar tudo para trás e retornar à simplicidade, junto a um barqueiro que se revela um mestre e amigo.
Continuamente, encontramos ao longo do texto dramaturgias de aprisionamento e libertação, que descortinam suas ilusões e aprofundam sua subjetividade.
“Sidarta” marca o retorno de Angel Ferreira aos palcos cariocas depois de sete anos de intervalo, dedicados a viagens pelos interiores do Brasil, trabalhando com teatro e cinema em pequenas comunidades, dedicando a vida à busca de si mesmo por meio da arte.
“Esta peça, pra mim, é uma pratica espiritual, é uma oração”, disse o artista em suas redes sociais.
FICHA TÉCNICA
Criação e Atuação: Angel Ferreira
Livremente inspirado no livro homônimo de Hermann Hesse
Supervisão Artística: Beth Martins e Renato Livera
Diretora Assistente: Thatyane Calandrini
Interlocução Dramatúrgica: Walter Daguerre
Direção de Produção: Marcela Casarin
Iluminação: Renato Livera
Colaboração Artística: Lavinia Bizzotto
Fotografia: Philipp Lavra
Produção: Mãe Joana Produções
SERVIÇO
Até 15 de dezembro
Quintas, sextas e sábados às 20h
Domingos às 19h
Teatro Ipanema – Rua Prudente de Morais, 824
Ingr.: R$ 60; clique aqui para comprar
Duração: 100 minutos
Classificação etária: 18 anos
Capacidade: 169 lugares