Em ‘Armas na Mesa’, os fins justificam os meios na luta pelo desarmamento

Na trama, a lobista Elizabeth Sloane usa estratégias de moral duvidável por um objetivo nobre


 

A primeira coisa importante a se dizer sobre “Armas na Mesa”, que estreia nesta quinta (2/2), é que a trama é trincada. Cheio de manobras e estratégias políticas, o filme é denso.

No longa, dirigido por John Madden (de “Shakespeare Apaixonado”), Jessica Chastain interpreta a lobista Elizabeth Sloane. O trabalho dela é defender a causa de sua empresa em meio ao Congresso e convencer os políticos a votarem em favor dela.

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Jessica Chastain interpreta a protagonista Elizabeth Sloane em “Armas na Mesa” (Foto: Divulgação)

Sloane, viciada em trabalho e com vida pessoal nula, trabalha para uma grande empresa. Mas, logo no começo do filme, ela rompe com a companhia por não concordar com a próxima tarefa designada a ela: defender que o porte de armas permaneça sem controle nos Estados Unidos.

Ela, então, leva sua equipe para uma empresa muito menor, comandada por Rodolfo Schmidt (Mark Strong), mas que defende o maior controle sobre as armas em território norte-americano. No novo cargo, ela conhece a assistente Esme (Gugu Mbatha-Raw), que será crucial no trabalho.

O filme alterna momentos em que Sloane desenvolve a sua estratégia com cenas que se passam no futuro, quando ela enfrenta um tribunal —fica claro, desde o começo, que algo deu errado.

A protagonista Sloane é uma personagem complexa. Embora seu objetivo seja nobre (ela quer maior controle sobre as armas para diminuir a violência doméstica e os assassinatos em massa em escolas, entre outras razões), ela não mede esforços e deixa, muitas vezes, a ética e os sentimentos dos colegas de lado para conseguir o que quer.

E é justamente a complexidade da personagem que faz com que o filme seja interessante e, por vezes, bastante pesado.

Avaliação: Bom

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