“A Torre Negra”, que estreia nesta quinta (24/8), é um filme de aventura inspirado na série de livros homônima de Stephen King.
Os livros, que começaram a ser publicados em 1982, fazem bastante sucesso – a versão do cinema, contudo, decepciona.
Na trama, dirigida pelo dinamarquês Nikolaj Arcel, o garoto Jake (interpretado por Tom Taylor) sofre com a morte do pai. O menino sempre tem pesadelos, e sua mãe acredita que os sonhos sombrios sejam fruto do trauma. Jake, porém, está convencido de que tem visões. E mais: elas estão ligadas a estranhos terremotos que atingem Nova York.
Nos sonhos, o protagonista vê uma enorme torre negra. Um Homem de Preto (Matthew McConaughey) usa a mente de crianças poderosas para tentar destruí-la. Há também um Pistoleiro (Idris Elba) que tenta lutar contra o vilão.
Jake segue as imagens de seu sonho e acaba encontrando um portal, que o leva até outro mundo. Lá, ele conhece o Pistoleiro – que, na verdade, se chama Roland. O homem é o último remanescente do grupo dos Pistoleiros, que juraram proteger a Torre: ela, no fim das contas, impede que demônios e forças malignas invadam o universo.
Como se tudo isso já não fosse informação suficiente, Jake descobre que ele teve visões porque sua mente é muito poderosa – e é justo uma mente assim que pode derrubar a Torre. Para piorar, o Homem de Preto (que se chama Walter) é um bruxo, capaz de controlar mentes.
“A Torre Negra” é um tanto confuso e, por vezes, chega a ser cansativo. Mas o ponto mais negativo do filme é o vilão de Matthew McConaughey. O bruxo não explica exatamente quais são suas intenções: ele quer derrubar a Torre para que o universo caia na escuridão. Mas, afinal, se isso acontecer, o próprio Walter também não será prejudicado? Ou será que ele é capaz de controlar os demônios que virão? Não dá para saber.
O Homem de Preto também é extremamente caricato – até mesmo a trilha sonora que o acompanha é forçada.
A boa atuação de Idris Elba é uma qualidade. Não é suficiente, porém, para que o filme seja bom (e nem é justo exigir que Elba carregue a produção toda nas costas).
“A Torre Negra” também foi mal recebido pela crítica internacional. Agora resta aguardar para ver se o diretor Arcel levará seu plano em frente: ele anunciou que comandará uma série de TV que será um prelúdio para a trama do longa.
Avaliação: Regular.
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