Com Keanu Reeves, ‘Versões de um Crime’ leva o espectador a um tribunal

Na trama, Reeves interpreta o advogado de defesa de um garoto que confessou ter matado o próprio pai


 

A diretora Courtney Hunt (de “Rio Congelado”, de 2008) comanda “Versões de um Crime”, que estreia nesta quinta (9).

No suspense, Keanu Reeves interpreta o advogado Ramsay. Ele acata o pedido da amiga Loretta (Renée Zellweger) e aceita defender no tribunal o filho dela, Mike Lassiter (vivido por Gabriel Basso, de “Super 8”, 2011), um adolescente que confessou ter matado o próprio pai, Boone (Jim Belushi, de “K-9 – Um Policial Bom Pra Cachorro”, 1989). Desde que assumiu a autoria do crime, porém, o jovem não disse uma palavra.

versoes de um crimeNo suspense, Keanu Reeves interpreta um advogado que defende um réu confesso (Foto: Divulgação)

“Versões de um Crime” se passa durante o julgamento. Conforme as testemunhas dão depoimentos, cenas de flashback aparecem para mostras os acontecimentos que envolvem o crime.

O filme é um bom entretenimento, porém não traz nada de novo ao gênero. A diretora tenta colocar o espectador na cadeira do júri —há até um momento em que  o advogado de acusação Leblanc (Jim Klock, de “Horizonte Profundo – Desastre no Golfo”, 2016) quebra a quarta parede e olha para a câmera.

A intenção é boa, mas é impossível para o espectador manter uma certa imparcialidade —as cenas de flashback atrapalham nisso.Outros recursos também são mal utilizados: a grande reviravolta do final, que deveria chocar, não surpreende os cinéfilos acostumados a suspenses desse tipo. Alguns personagens são mal desenvolvidos, como Janelle, assistente de Ramsay, que sequer mostra a que veio.

“Versões de um Crime” não é ruim: funciona bem como entretenimento e tem boas atuações. Mas isso não faz com que ele deixe de ser esquecível. (Por Pedro Lino)

Avaliação: Bom.

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