“Cães Selvagens”, estreia da semana, é guiado por três amigos, Troy (Nicolas Cage), Mad Dog (Willem Dafoe) e Diesel (Christopher Matthew Cook, de “Contagem Regressiva”, 2013), que, após cumprirem suas penas na cadeia, finalmente conseguem a liberdade.
A vida em sociedade, porém, prova-se complicada. Troy não consegue deixar de lado seu ódio pelo sistema, enquanto Diesel perde cada vez mais o interesse pela esposa e pela vida no subúrbio.É Mad Dog, então, que surge com uma ideia que pode animá-los: cometer um último grande crime.
Nicholas Cage (à esquerda) e Willem Dafoe em cena de “Cães Selvagens” (Foto: Divulgação)
Sob direção de Paul Schrader (de “Vingança ao Anoitecer”, 2014), que também atua no filme como Grecco “The Greek”, o filme claramente mostra a influência do cinema de Tarantino, com cenas violentas, além de uma edição e direção de arte notáveis. Soma-se a essas qualidades a boa atuação (como sempre, aliás) de Willem Dafoe.
“Cães Selvagens” também mostra características do cinema noir, mas não consegue alcançar a qualidade do gênero —e nem de Tarantino.
O principal problema do longa é, de forma geral, a trama pouco convincente: os motivos dos bandidos, a missão que lhes é dada, o roubo em si e o desfecho das personagens são superfícais, o que torna a película totalmente superficial e previsível.
Outro grande problema é, sem dúvida, a atuação pobre de Nicholas Cage. A cena final deixa isso ainda mais evidente: ele está com a boca machucada, conversando com dois idosos —e vai te fazer acreditar que você também poderia protagonizar o filme. (Por Pedro Lino)
Avaliação: Ruim.
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