Barcelona é destino certo para os turistas que querem conhecer a Espanha. Andar sem rumo pela Rambla ou pelos bairros gótico e Raval, por exemplo, são boas ideias de passatempo no local.
Fachada da Sagrada Família, principal obra de Gaudí em Barcelona (Foto: Luiza Wolf/Culturice)
O Culturice esteve na cidade em maio e, abaixo, lista as dicas sobre a capital catalã: programas turísticos e passeios diferentes estão classificados em “Imperdível” e “Recomendado”.
E, claro, como em toda viagem sempre encontramos algum perrengue, desaconselhamos a visita a dois restaurantes —que, no nosso caso, não deram muito certo.
Faça as malas e aproveite 😉
IMPERDÍVEL
. Sagrada Família
Claro, as obras de Antoni Gaudí são visita obrigatória para quem vai a Barcelona. A cidade tem marcas do artista por todos os lados, como as casas Batlló e Milà, mas a Sagrada Família é a mais famosa —e a mais impressionante também. Ainda em construção (Gaudí morreu sem completar a obra, que só deve ser finalizada depois de 2020), a catedral tem 18 torres: 12 delas são para os apóstolos; quatro para os evangelistas; e duas são dedicadas a Jesus Cristo e à Virgem Maria.
Tudo bem, a Sagrada Família já impressiona só pelo de fora. Mas é por dentro que o passeio realmente vale a pena. E aí é que é necessário o planejamento antes de viajar: os ingressos são vendidos online (clique aqui para acessar o site) e se esgotam rapidamente. Por isso, compre com antecedência. Cada entrada individual (e sem áudio guia) custa € 15.
A visão do interior da Sagrada Família é de tirar o fôlego —e foi tudo cuidadosamente planejado por Gaudí. A catedral é cercada por vitrais coloridos (de fora, não é possível ver as cores), colocados minuciosamente em locais que recebem mais luz. Com pé direito altíssimo e ambiente colorido, o interior da Sagrada Família é um dos cenários mais impressionantes da Europa.
Carrer de Mallorca, 401, Barcelona. Horários: 9h a 20h (de abril a setembro); 9h às 19h (março e outubro); 9h às 18h (novembro a fevereiro). Ingr.: € 15 (entrada individual) a € 29 (com áudio guia e acesso às torres).
Vitrais concedem visual magnífico ao interior da Sagrada Família (Foto: Luiza Wolf/Culturice)
. Bunkers del Carmel
O mirante é reduto dos jovens catalães (e também de alguns turistas) para observar o pôr do Sol em Barcelona. Se estiver com amigos, compre uma bebida para levar até lá: os grupos geralmente estendem toalhas ali para beber e comer.
Como o nome sugere, a colina era usada pelos militares, que construíram ali os bunkers durante a Guerra Civil Espanhola para proteger a região de ataques aéreos.
Se, em 1939, a vasta visão da colina era uma estratégia de defesa na guerra, hoje é sinônimo de diversão. Ao chegar lá, não se acanhe: pule a grade para acessar o terraço de concreto, melhor local para observar Barcelona.
Para chegar até os bunkers (se pronuncia como se lê; nem tente pronunciar em inglês), é mais fácil pegar o ônibus da linha V17, no centro, e descer no ponto final. Depois, é preciso andar um pouquinho para chegar no topo.
Carrer de Marià Lavérnia, s/nº, Barcelona.
Dos bunkers, é possível ter uma bela vista de Barcelona (Foto: Luiza Wolf/Culturice)
. Parc de la Ciutadella
Está certo que o Parque Guell (veja abaixo) é o mais famoso entre os turistas de Barcelona. Mas, claro, é quase como um museu a céu aberto. O Parc de la Ciutadella, no coração da cidade, é o local que realmente transmite o clima de um parque catalão. Com caminhos de terra e pequenas pedras, ele foi inspirado no Jardim de Luxemburgo, em Paris.
Perca-se sem pressa pelas trilhas do parque. Você encontrará um lago com uma fonte monumental, estátuas, esculturas e até um zoológico.
Passeig de Picasso, 21, Barcelona. Horários: das 10h às 22h30.
O lago principal do Parc de la Ciutadella tem belas esculturas (Foto: Luiza Wolf/Culturice)
. Praia Bogatell
É ótima opção para quem quer fugir da agitada (e repleta de turistas) praia de Barceloneta (confira abaixo).
Com mar muito azul, a praia tem alguns restaurantes e bares. Se você não levar seus próprios guarda-sol e cadeira, é possível alugar ali por cerca de € 6 cada um.
Tons de azul do mar pouco concorrido na praia de Bogatell (Foto: Luiza Wolf/Culturice)
RECOMENDADO
. Parc Güell
Parada obrigatória para qualquer turista, é o parque repleto de obras e construções de Antoni Gaudí. Antes gratuito, agora é preciso pagar para acessar a área que guarda as obras do arquieto, chamada de Zona Monumental. Assim como a Sagrada Família, as entradas (que custam € 7) são vendidas na internet e há lotação máxima por dia. Por isso, compre antecipadamente neste site.
O modo mais fácil de chegar ao parque é ir de metrô e, depois, andar até lá. Descendo na estação Vallcarca, na linha verde, por exemplo, caminha-se por cerca de 20 minutos —mas guarde o fôlego porque é subida (a boa notícia é que há escadas rolantes em algumas partes).
Construído em 1900, o parque foi encomendado a Gaudí por Eusebi Güell. A ideia era que o local fosse urbanizado para abrigar famílias com menor poder aquisitivo em Barcelona. Mas devido a complicações com a compra do terreno e ao acesso escasso a transportes públicos na área, o projeto foi inviabilizado em 1914.
Na Zona Monumental, é possível apreciar locais como a praça da Natureza —onde deveriam ser apresentadas peças de teatro e outras apresentações ao ar livre—, que tem uma bela vista do parque, e a Escadaria Monumental, adornada pelo famoso lagarto de Gaudí.
A Casa Museo Gaudí, onde o arquiteto morou, fica fora da Zona Monumental. Para entrar no museu, paga-se mais € 5,50.
Horários: 8h às 21h30 (de maio a agosto); 8h às 20h30 (agosto a outubro); 8h30 às 18h30 (outubro a março). Ingr.: € 7.
Escadaria Monumental, no Parc Güell, que leva à Sala Hipostila (Foto: Luiza Wolf/Culturice)
. Barceloneta
É a praia para quem quer agito. Sempre lotado nos dias de Sol, o local conta com muitos bares e restaurantes no seu calçadão. Também é comum encontrar promoters vendendo entradas para baladas.
. La Boqueria
Uma boa opção para quem quiser provar as especiarias catalãs. É possível saborear, por exemplo, uma porção de jamón e pegar muito barato. Há também frutas (uma porção de cereja sai por cerca de € 1; dê uma pesquisada nos boxes), sucos e doces.
La Rambla, 91.
. Museu Picasso
Pablo Picasso passou grande parte de sua vida na França, mas também viveu em Barcelona. Sua obra mais famosa, “Guernica”, contudo, não está nesse museu, e sim no museu Reina Sofia, em Madri, onde também morou.
Ainda assim, este museu traz obras interessantes de Picasso, sobretudo trabalhos anteriores à fama e ao cubismo.
As obras são organizadas por ordem cronológica. Contudo, há grandes buracos entre os anos, porque o museu não tem todas os trabalhos de Picasso em seu acervo. Mas fazem falta ao menos textos que expliquem a passagem do tempo entre um período e outro.
Dedique mais tempo às salas 12, 13 e 14, que exibem diversos estudos e reinterpretações de Picasso para o quadro “As Meninas”, de Diego Velázquez (que, aliás, está exposto do Museu do Prado, em Madri).
Carrer Montacta, 15-23. Horários: Ter. a dom., 9h às 19h. Ingr.: € 11 (acervo fixo) a € 14 (acervo fixo e exposições temporárias).
NÃO VÁ
. Restaurante Trobador
É natural que, durante viagens, a gente acabe errando na escolha de restaurantes. Pois bem, em Barcelona, o Culturice errou duas vezes.
O Trobador serve, como tantos outros estabelecimentos, o menu fechado no almoço: paga-se barato (como cerca de € 11) para saborear entrada, prato principal, sobremesa e bebida.
No menu do Trobadores, há a opção de escolher cerveja (que vem em copo pequeno). Mas, na hora da conta, vem a surpresa: se você pede o menu fechado e a cerveja, mas não deixa muito claro que a cerveja é a inclusa no menu (o que deveria ser óbvio), o restaurante tentará te cobrar a mais pela bebida.
Lá, também não é possível trocar quaisquer itens do menu. Uma cliente vegetariana, que estava em nossa mesa, perguntou se poderia consumir dois pratos da primeira lista, e nenhum da segunda (já que todos tinham carne). O garçom disse que sim, mas depois tentou cobrar mais caro pelo menu.
No fim das contas, briga vai, briga vem, não pagamos a mais por nada. Mas evite o estresse.
Carrer de Ferran, 46, Barcelona.
. Restaurante Òsties Pedrín
Situado nas proximidades do mercado La Boqueria, o restaurante serve receitas com carne e peixes.
Em um almoço, o Culturice pediu a porção de carne na brasa, que é vendida por peso. O garçom nos disse que 800 gramas seriam suficientes para serem divididos em quatro pessoas (pelo preço total de € 48) e que viria com batatas e pimentões verdes como acompanhamento. Mas, surpresa: a carne é pesada com o osso, portanto, claro, 800 gramas jamais seriam sufientes. Cada cliente pôde saborear dois ou três pedacinhos da carne, além de duas batatas.
No fim, obviamente saímos com fome. Se estiver com vontade de comer nessa área de Barcelona, opte pelo mercado La Boqueria.
Carrer de Jerusalem, 30, Barcelona.
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