‘La La Land’ combina romance, música, drama e ode ao cinema antigo

Com Emma Stone e Ryan Gosling, musical emociona ao mostrar a difícil ascensão em Hollywood


 

“Timing is a bitch”, já dizia a personagem Robin Scherbatsky na série “How I Met Your Mother”. O musical “La La Land – Cantando Estações”, que estreia oficialmente na quinta (19), parece partilhar dessa opinião: o filme é centrado nos encontros e desencontros amorosos do músico Sebastian (Ryan Gosling) e da aspirante à atriz Mia (Emma Stone).

Dirigido e roteirizado por Damien Chazelle (de “Whiplash – Em Busca da Perfeição”), o longa combina drama e comédia a uma boa trilha sonora.

A trama se passa em Los Angeles e começa com um congestionamento. Logo os motoristas saem dos seus carros para cantar e dançar em uníssono: deixam claro que todos ali têm sonhos a serem realizados em Hollywood.

Mia e Sebastian estão ali no meio, embora ainda não se conheçam. A jovem Mia sonha em ser atriz, enquanto trabalha em uma cafeteria dentro dos estúdios da Warner Bros. Sebastian, por outro lado, persegue o sonho de abrir seu próprio clube de jazz.

LLL D35 05828 R2Ryan Gosling e Emma Stone interpretam os namorados Sebastian e Mia (Foto: Divulgação)

O destino faz com que os dois se encontrem. Eles são muito diferentes, mas têm algo poderoso em comum: um sonho dificílimo de ser atingido em uma cidade que dá oportunidades para poucos.

À medida que as estações do ano passam, o público acompanha o romance dos protagonistas, que precisa ser conciliado às suas difíceis carreiras.

A direção de Chazelle é, novamente, muito interessante. “La La Land” é atemporal, o que é bastante claro no filme: há carros antigos misturados a carros atuais nas ruas. Algumas roupas poderiam ser de época, mas há também figurinos modernos. Os protagonistas fazem referência a filmes como “Casablanca” (1942) e “Juventude Transviada” (1955), mas têm contato com estilos musicais atuais.

O visual do filme é belíssimo: a maioria das cenas é escura e privilegia o azul, o roxo e o laranja. A iluminação é outro show à parte.

A escolha de Ryan Gosling e Emma Stone para protagonistas foi bem pensada. Os dois já trabalharam juntos em alguns filmes (“Amor a Toda Prova” e “Caça aos Gângsteres”, por exemplo) e não têm experiência em canto e nem em dança. Ainda assim, cantam e dançam —direitinho, é verdade, mas estão longe de alcançar a qualidade das performances de atores renomados em musicais. Tudo bem: isso confere um toque especial ao filme. Faz com que os personagens pareçam mais reais.

A qualidade de “La La Land” é inegável. As premiações vão atestar isso: o filme já arrebatou sete Globos de Ouro e deve liderar as indicações ao Oscar.

Avaliação: ótimo.

 

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