“Aliados”, que chega aos cinemas brasileiros nesta quinta (16), depois de ter sido adiado algumas vezes, é um misto de ação e drama que diverte, mas não mostra nenhuma novidade. Não é nem de longe o melhor trabalho do diretor Robert Zemericks, conhecido por filmes como “De Volta para o Futuro – Parte II” (1989) e “A Travessia” (2015).
Na trama, Brad Pitt interpreta o oficial de inteligência Max Vatan. Durante a Segunda Guerra Mundial, em 1942, ele recebe a missão de se infiltrar na alta sociedade no Marrocos, onde deve fingir que é marido de Marianne Beausejour (Marion Cotillard), membro da resistência francesa. O objetivo deles é atacar um grupo de nazistas.
Marion Cotillar e Brad Pitt em cena de “Aliados”, dirigido por Robert Zemericks (Foto: Divulgação)
Durante a missão, os dois se apaixonam, e Marianne se muda para Londres com Max. Eles se casam, têm uma filha e constróem uma vida juntos.
E é aí que chega o conflito: os oficiais britânicos acreditam que Marianne é, na verdade, uma espiã nazista que envia informações preciosas ao Exército inimigo. Max recebe um difícil ultimato: ele deve anotar uma informação falsa em um pedaço de papel. Se ela for passada aos nazistas, Marianne é culpada —e o próprio Max deve executá-la ou poderá enfrentar a forca.
A partir daí, o longa ganha toques de drama e de suspense. A trama começa a ser guiada por Max e suas dúvidas: ele quer desesperadamente provar que a esposa é inocente, mas, ao mesmo tempo, algumas atitudes dela fazem sua suspeita crescer.
O enredo guiado pela tensão e pela desconfiança entre casais ou parceitos não é novidade em Hollywood. “Aliados” cumpre o que promete, consegue entreter, mas não mostra nada além disso.
Se o roteiro é fraco, o visual certamente é bonito. E rendeu ao filme uma indicação ao Oscar de melhor figurino.
Avaliação: Regular.
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