A Marvel parece querer expandir a fórmula de sucesso usada em “Guardiões da Galáxia”, com fotografia colorida e bastante humor e que contrasta com filmes mais densos, como os do Capitão América. Em “Thor: Ragnarok”, que estreia nesta quinta (26/10), o estúdio aplica a fórmula a este herói – uma diferença grande em comparação aos seus dois longas anteriores, “Thor” e “O Mundo Sombrio”.
Na trama da nova aventura, Thor (Chris Hemsworth) enfrenta Hela (a sempre excelente Cate Blanchett), Deusa da Morte. Após o falecimento de Odin (Anthony Hopkins), a vilã domina o reino de Asgard e expulsa Thor e seu irmão, o questionável Loki (Tom Hiddleston).
Exilados, os dois vão parar em Sakaar, um planeta estranho e cheio de lixo comandado pelo Grão-Mestre (Jeff Goldblum). Thor é capturado por Valquíria (Tessa Thompson), enquanto Loki, com toda sua lábia e seu charme, consegue cair nas graças do líder.
A sociedade que mora ali praticamente vive em função de assistir a duelos, no estilo dos gladiadores. O lutador que mais tem fãs é o Hulk (Mark Ruffalo), que caiu no mesmo planeta há algum tempo. Thor, então, é obrigado a lutar com o colega Vingador.
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Em uma corrida contra o tempo, o herói protagonista tenta convencer Hulk, Loki e Valquíria a escaparem de Sakaar e o ajudarem a salvar Asgard. Enquanto isso, no reino, Heimdall (Idris Elba) organiza um refúgio para que os habitantes escapem de Hela.
Com direção de Taika Watiti, estreante no comando de filmes da Marvel, “Thor: Ragnarok” tem muitas, muitas piadas – e justamente por isso destoa dos filmes anteriores.
O longa, é verdade, cumpre super bem a função de divertir e de entreter. Mas, ao mesmo tempo, nos deixa aquela preocupação: será que a Marvel sempre passará a usar essa fórmula em todos os filmes, como já faz em “Homem de Ferro”, “Guardiões da Galáxia” e em “Homem-Aranha”? Seria uma pena porque, desse modo, os ótimos longas do Capitão América, por exemplo, perderiam suas qualidades mais fortes: a seriedade, a densidade e a complexidade da trama.
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