Foi um caminho árduo para os filmes da DC Comics. Mas, depois dos sofríveis “Batman vs Superman” (2016) e “Esquadrão Suicida” (2016), parece que a DC e a Warner Bros., estúdio responsável pelos longas, acertaram o caminho. “Liga da Justiça”, que estreia nesta quarta (15/11), teve percalços na produção, mas chega às telas com qualidade e consolida a recuperação da franquia.
Na trama, Bruce Wayne/Batman (Ben Affleck) investiga o aparecimento de estranhas criaturas voadoras em Gotham. Ao lado de Diana Prince/Mulher-Maravilha (Gal Gadot), ele descobre que são alienígenas liderados pelo temido Lobo da Estepe (Ciarán Hinds), que representa uma grande ameaça contra a Terra.
Os dois, então, vão atrás de outros recrutas que podem ajudar nessa missão: Arthur Curry/Aquaman (Jason Momoa, de “Game of Thrones”), Barry Allen/Flash (Elzra Miller) e Victor Stone/Ciborgue (Ray Fisher).
O roteiro é redondo, não deixa pontas soltas e ainda apresenta um contexto legal para os três heróis que ainda não tinham aparecido, Aquaman, Flash e Ciborgue.
As cenas de luta são bem feitas e destacam os heróis lutando realmente juntos, ao invés de cada um enfrentar um inimigo diferente ao mesmo tempo, como é comum.
Há muitos personagens coadjuvantes, que aparecem pouco, mas todos têm função determinada: Martha Kent (Diane Lane), Lois Lane (Amy Adams), comissário Gordon (J.K. Simmons), Alfred (Jeremy Irons), rainha Hipólita (Connie Nielsen).
As cenas de comédia são boas, mas estão na medida: “Liga da Justiça” não tem uma piada a cada segundo, como o recente “Thor: Ragnarok”, da Marvel, e isso é um alívio.
Todo o esforço da Warner em recuperar o filme deu certo. Quando ele já estava em produção, “Esquadrão Suicida” foi criticado e “Mulher-Maravilha” deu certo. A equipe, então, ganhou o reforço de Joss Whedon (de “Vingadores”), que assumiu o roteiro e poderia ter assinado a codireção ao lado de Zack Snyder.
Mesmo assim, depois de uma sessão de teste, “Liga da Justiça” precisou ser alterado novamente porque as pessoas não gostaram. Várias cenas precisaram ser regravadas.
Com tantos problemas, o longa corria o risco de virar uma “colcha de retalhos” como aconteceu com “Esquadrão Suicida”. Ainda bem que não foi o caso. É um filme honesto, de qualidade e – o que é bem importante- faz com que o público queira ver os próximos capítulos da franquia.
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