Crítica | ‘Assassinato no Expresso do Oriente’ é adaptação fiel do livro

Com elenco de peso, "Assassinato no Expresso do Oriente" mantém as características principais do livro homônimo de Agatha Christie


“O trem reúne pessoas desconhecidas, que não têm nada em comum, a não ser a necessidade de sair de um lugar e chegar a outro”, diz o personagem Bouc (interpretado por Tom Bateman), dono do veículo que será a cena do crime de “Assassinato no Expresso do Oriente”, que estreia nesta quinta (30/11). 

Ele está, claro, enganado: alguém tem algo em comum com o homem que é assassinado ali – ou esta não seria uma história criada pela autora Agatha Christie, rainha dos romances policiais.

Para a sorte de Bouc (e para o azar do assassino), o renomado detetive Hercule Poirot (Kenneth Branagh, que também dirige o filme) está à bordo do trem. Ele embarca de última hora quando suas férias na Turquia são interrompidas – o homem precisa chegar em Londres para investigar um caso.

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Johnny Depp interpreta o mafioso Ratchett (Foto: Divulgação)

No mesmo Expresso do Oriente, estão pessoas interessantes: a governanta Mary (Daisy Ridley, de “Star Wars”), a ex-enfermeira e agora missionária Pilar (Penélope Cruz), a princesa Dragomiroff (Judi Dench) e o empresário inescrupuloso Ratchett (Johnny Depp).

No meio do trajeto, o Expresso fica preso em uma nevasca. No meio desta madrugada, um homem é assassinado a facadas.

Como as portas entre os vagões do trem estão trancadas, Poirot sabe que o único que não é suspeito é Bouc, que estava na outra parte do veículo. Ainda assim, sobram 12 possíveis assassinos: aos personagens que já foram citados, somam-se nomes como MacQueen (Josh Gad), assistente de Ratchett, o professor Hardman (Willem Dafoe), a provocante srta. Hubbard (Michelle Pfeiffer), o médico negro Arbuthnot (Leslie Odom Jr.) e o empresário latino Marquez (Manuel Garcia-Rulfo) – vale lembrar que, como o filme se passa lá pelos anos 1920, a segregação racial pesa.

Já que o trem está preso na neve, Poirot dispõe de mais tempo para investigar o caso e encontrar o verdadeiro assassino.

Ele inicia, então, uma investigação minuciosa e passa a interrogar todos os suspeitos – que podem estar mentindo ou não.

O roteiro adaptado leva a assinatura de Michael Green ( de “Blade Runner 2049”), que se preocupou em ser fiel à obra de Agatha Christie: os elementos principais na investigação e o desenrolar dos fatos são os mesmos que os do livro.

Considerando essa ótima qualidade, o filme ainda dá uma boa notícia aos fãs de Christie: “Assassinato no Expresso do Oriente” tem o objetivo de dar início a uma franquia, que deve continuar com “Morte no Nilo”.

ASSISTA AO TRAILER DE “ASSASSINATO NO EXPRESSO DO ORIENTE”