‘A Maldição da Casa Winchester’: O que é real no filme de terror dos irmãos Spierig

Conheça a verdadeira mansão Winchester, a Winchester Mystery House, que é atração turística nos Estados Unidos


O filme “A Maldição da Casa Winchester” (confira a crítica aqui), que estreia nesta quinta (1°/3), é baseado eventos reais. Mas, como todo filme de terror inspirado em acontecimentos, apenas alguns fatos são verídicos. Nós contamos a história real para que, após ver o longa, você consiga diferenciar a realidade da ficção.

a-maldicao-da-casa-winchester-2

Image 2 of 6

Cena de "A Maldição da Casa Winchester", dos irmãos Spierig (Foto: Divulgação)

A premissa do filme é real. Sarah Lockwood Winchester (1840-1922) foi a única herdeira da fábrica de rifles de sua família. A filha, Annie, morreu com cerca de um mês de vida, em 1866. Quinze anos depois, o marido, William, faleceu de tuberculose.

Sarah passou a acreditar que a família estava amaldiçoada e procurou um médium, Adam Coons. Ele lhe disse que os espíritos das pessoas que morreram pelos rifles Winchester, ao longo dos muitos anos, a amaldiçoaram. Para evitar morrer também, Sarah deveria construir uma enorme casa para ela e para os espíritos raivosos. Mas biógrafos que estudaram a vida da senhora Winchester contestam que esse médium de fato existiu.

De qualquer forma, Sarah Winchester se mudou para o que hoje é San Jose, na Califórnia, e comprou uma casa de oito quartos. Ela passou os próximos 38 anos construindo e ampliando o lugar. A construção custou US$ 5,5 milhões (o que equivale a cerca de US$ 70 milhões atualmente) e tem 160 quartos.

Hoje, a mansão é chamada de Winchester Mistery House (Casa Misteriosa dos Winchester) e é uma enorme atração turística – os ingressos para visitá-la custam US$ 39.

A verdadeira Winchester Mystery House, na Califórnia (Foto: Reprodução)

Projetada sem lógica aparente, a casa tem mesmo portas que abrem para o nada e escadas que terminam no teto (como a que aparece no filme). 

No longa, Sarah acreditava que o número 13 é poderoso – ela pedia para selar as portas dos quartos com 13 pregos para que os espíritos não saíssem. Na história real, nada é dito sobre 13 pregos. Mas a mansão Winchester tem o número 13 em vários lugares: várias janelas têm 13 quadrados de vidro, há 13 banheiros (o 13º tem 13 janelas), a maioria das escadas têm 13 degraus e vários tetos têm 13 painéis decorativos. Porém, biógrafos defendem que todos esses detalhes envolvendo o número 13 foram adicionados após a morte da senhora Winchester para dar uma valorizada na atração turística.

Realmente houve um terremoto em 1906 – esse é o clímax do filme – e, depois dele, Sarah Winchester teria ficado presa em um quarto por horas. De acordo com a lenda, ela acreditava que os espíritos ficaram zangados porque ela dedicou muito tempo decorando os quartos da parte frontal da mansão. Depois do terremoto, a senhora Winchester se mudou para Atherton, onde morou até sua morte. Ela visitava a mansão de San Jose apenas de vez em quando.

Depois que a senhora Winchester faleceu, seus bens ficaram para a sobrinha, Marion (que aparece no filme). A moça pegou o que quis e vendeu todo o resto. No longa, Marion tem um filho, Henry, mas não há registros de que ele realmente existiu.

De qualquer forma, a lenda dos Winchester ficou famosa nos Estados Unidos. O nome ficou ainda mais famoso na série “Supernatural”: os irmãos protagonistas, Dean e Sam, herdaram o sobrenome.

Assista ao trailer de “A Maldição da Casa Winchester”