Veja os vencedores do 7º Prêmio Bibi Ferreira, que celebra o teatro nacional

"O Fantasma da Ópera", "Elza" e "Baixa Terapia" foram alguns dos destaques do evento, apresentado por Miguel Falabella e Alessandra Maestrini


Alessandra Maestrini e Miguel Falabella apresentaram o Prêmio Bibi Ferreira (Fabiana Seragusa/Culturice)

A noite de celebração do Prêmio Bibi Ferreira foi cheia de discursos emocionados e de exaltação ao teatro. Realizado nesta terça (24) no Teatro Renault, em São Paulo, a festa contou com Miguel Falabella e Alessandra Maestrini como mestres de cerimônias.

A grande novidade desta 7ª edição do prêmio é que passaram a ser contemplados não apenas os espetáculos do teatro musical (19 categorias no total), mas também de teatro em prosa (10 categorias).

“Baixa Terapia”, comédia com Antonio Fagundes, Mara Carvalho, Alexandra Martins, Ilana Kaplan, Fábio Espósito e Guilherme Magon, ganhou como melhor peça. Bruno Fagundes, que deixou a montagem em julho para protagonizar “Zorro”, subiu ao palco para receber o troféu ao lado do diretor de produção Carlos Martin e da assessora Vivi Hipólito.

“Elza” foi escolhido como o melhor musical brasileiro e ainda levou outras três estatuetas, com Duda Maia (direção), Vinicius Calderoni (roteiro original) e Letieres Leite (arranjo original).

Larissa Luz, vencedora como melhor atriz de musical, por “Elza”, se apresentou no evento (Fabiana Seragusa/Culturice)

Já a superprodução “O Fantasma da Ópera” foi a vencedora como melhor musical, tanto na opinião do júri quanto no voto popular.

Outro destaque foi a peça “O Mistério de Irma Vap”, contemplada com quatro prêmios: melhor direção (Jorge Farjalla), melhor cenografia (Marco Lima), melhor desenho de luz (Cesar Pivetti) e melhores atores (Luis Miranda e Mateus Solano, os protagonistas, foram os escolhidos).

“Sunset Boulevard” também acumulou quatro estatuetas, nas categorias melhor cenografia (Matt Kinley), figurino (Fause Haten), visagismo (Beto França e Feliciano San Roman) e desenho de luz (Corry Pattak). 

Discursos

Fabio Assunção foi o primeiro artista a subir ao palco para receber um prêmio – ele ganhou como melhor ator coadjuvante em peça de teatro, por “Dogville”. Emocionado, ele disse que o teatro é um espaço de resistência, mas que chegou a hora de os artistas ultrapassarem a fronteira do teatro e se colocarem como cidadãos.

“Porque a gente faz a nossa arte, mas o país está precisando que a gente se junte, porque realmente não está dando para enxergar tudo isso”, disse, pedindo, logo em seguida, um “viva” a Fernanda Montenegro e à menina Ágatha, de 8 anos, assassinada na última sexta (20), no Rio de Janeiro.

Fabio Assunção foi escolhido o melhor ator coadjuvante em peça de teatro, por “Dogville” (Fabiana Seragusa/Culturice)

Outro que pediu um “viva”a Fernanda Montenegro foi Luis Miranda, que em seu discurso ao lado de Mateus Solano (que levaram os prêmios de melhores atores) também falou sobre o momento atual da cultura.

“Nós estamos vivendo um momento muito difícil na arte do nosso país. Chegou o momento de somar. Eu espero que isso [o prêmio duplo] seja um exemplo forte do Prêmio Bibi Ferreira, para nós dizermos ao mundo inteiro que não podemos mais nos separar, não podemos mais nos dividir”, diz o artista. “Esse prêmio não é meu, não é do Mateus, é de todos nós. Precisamos voltar a ocupar os espaços, o teatro, e de novo fazer com que nós, artistas, sejamos mais respeitados.”

Júri e regras

Idealizado por Marllos Silva, que fez um discurso emocionado no início da cerimônia falando sobre a dificuldade em organizar e manter um evento grandioso como esse, o Prêmio Bibi Ferreira conta com 7 jurados para a escolha dos vencedores. São eles: Charles Dalla, Fabiana Seragusa, Jamil Dias, Luiz Amorim, Miguel Arcanjo Prado, Rogerio Matias e Ubiratan Brasil.

Para concorrer, as obras não musicais deveriam ter cumprido temporada em teatros com capacidade mínima de 400 pessoas, com ao menos 20 sessões. No caso de musicais, a exigência era de 12 apresentações. As montagens deveriam estar em cartaz entre 1º/7/2018 a 21/6/2019.

PRÊMIO BIBI FERREIRA
VENCEDORES

Os ganhadores estão em destaque

Peças em prosa

MELHOR PEÇA
“A Visita da Velha Senhora” – NIA Teatro
“Baixa Terapia” – Teatro em Família
“Dogville” – Núcleo Experimental
“Um Panorama Visto da Ponte” – Mamberti Produções e Geradora Teatral
“O Escândalo de Philipe Dussaert” – Porca Miséria e Galeria de Arte Cormovimento
“O Mistério de Irma Vap” – Super Amigos Produções e Brica Braque Produções, Teto Cultura

MELHOR ATRIZ EM PEÇA DE TEATRO
Denise Fraga – “A Visita da Velha Senhora”
Mel Lisboa – “Dogville”
Nathalia Timberg – “Através da Iris”
Suely Franco – “Quarta Feira, Sem Falta, Lá em Casa”
Vivianne Pasmanter – “Amor Profano”

MELHOR ATOR EM PEÇA DE TEATRO
Luis Miranda – “O Mistério de Irma Vap”
Marcos Caruso – “O Escândalo do Philippe Dussaert”
Mateus Solano – “O Mistério de Irma Vap”
Rodrigo Lombardi – “Um Panorama Visto da Ponte”
Sergio Mamberti – “Visitando o Sr. Green”

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE EM PEÇA DE TEATRO
Ester Laccava – “Uísque e Vergonha”
Georgette Fadel – “Molière”
Ilana Kaplan – “Baixa Terapia”
Tuna Dwek – “A Noite de 16 de Janeiro”
Camila dos Anjos – “O Leão do Inverno”

MELHOR ATOR COADJUVANTE EM PEÇA DE TEATRO
Fabio Assunção – “Dogville”
Fábio Espósito – “Baixa Terapia”
Felipe Bragança – “O Leão no Inverno”
Ricardo Gelli – “Visitando o Sr. Green”
Sidney Santiago – “O Leão no Inverno”

MELHOR DIREÇÃO EM PEÇA DE TEATRO
Diego Fortes – “Molière”
Fernando Philbert – “O Escândalo de Philippe Dussaert”
Jorge Farjalla – “O Mistério de Irma Vap”
Jô Soares – “A noite de 16 de Janeiro”
Zé Henrique de Paula – “Dogville”

MELHOR CENOGRAFIA EM PEÇA DE TEATRO
Kleber Montanheiro – “Um Beijo para Franz Kafka”
Marco Lima – “Num Lago Dourado”
Marco Lima – “O Mistério de Irma Vap”

MELHOR FIGURINO EM PEÇA DE TEATRO
João Pimenta – “Dogville”
Karen Brustolin – “O Mistério de Irma Vap”
Ronaldo Fraga – “A Visita da Velha Senhora”

MELHOR DRAMATURGIA EM PEÇA DE TEATRO
Julia Spadaccini – “A Porta da Frente”
Michele Ferreira – “Uísque e Vergonha”

MELHOR DESENHO DE LUZ EM PEÇA DE TEATRO
Caetano Vilela – “O Leão no Inverno”
Cesar Pivetti – “O Mistério de Irma Vap”
Fran Barros – “Dogville”

Musicais

MELHOR MUSICAL
“Annie” – Atelier de Cultura
“As Cangaceiras” – Velloni Produções, Fiesp, Sesi
“Billy Elliot” – Atelier de Cultura
“Elza” – Sarau Agência de Cultura Brasileira
“Natasha, Pierre e O Grande Cometa de 1812” – Move Concerts e Firma de Teatro
“O Fantasma da Ópera” – T4F Entretenimento
“Sunset Boulevard” – IMM e EGG Entretenimento

MELHOR MUSICAL BRASILEIRO
“As Cangaceiras” – Velloni Produções, Fiesp e Sesi
“Doc 70” – Brain +
“Elza” – Sarau Agência de Cultura Brasileira
“Nelson Gonçalves – O Musical” – Luar de Abril
“Se Essa Lua Fosse Minha” – Lumus Entretenimento

MELHOR ATRIZ EM MUSICAIS
Amanda Acosta – “As Cangaceiras”
Bruna Guerin – “Natasha, Pierre e O Grande Cometa de 1812”
Jullie – “Nelson Gonçalves”
Larissa Luz – “Elza”
Luci Salutes – “Se Essa Lua Fosse Minha”

MELHOR ATOR EM MUSICAIS
André Frateschi – “Natasha, Pierre e O Grande Cometa de 1812”
André Loddi – “Pacto”
Beto Sargentelli – “Os Últimos Cinco Anos”
Gabriel Leone – “Natasha, Pierre e O Grande Cometa de 1812”
Leandro Luna – “Pacto”

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE EM MUSICAIS
Carol Badra – “As Cangaceiras”
Carol Bezerra – “Natasha, Pierre e O Grande Cometa de 1812”
Inah de Carvalho – “Billy Elliot”
Ingrid Guimarães – “Annie”
Lia Canineu – “Sunset Boulevard”

MELHOR ATOR COADJUVANTE EM MUSICAIS
Erico Brás – “Dancin’ Days”
Fred Silveira – “O Fantasma da Ópera”
Marco França – “As Cangaceiras”
Thiago Machado – “Tick, Tick, Boom”
Pedro Arrais – “As Cangaceiras”

REVELAÇÃO EM MUSICAIS
Cia Nissi – “Rua Azuza”
Luiza Gattai, Maria Clara Rosis e Siena Belle – “Annie”
Pedro Souza, Richard Marques, Tiago Fernandes – “Billy Elliot”
Felipe Costa, Paulo Gomes e Tavinho Canalle – “Billy Elliot”

MELHOR DIREÇÃO EM MUSICAIS
Duda Maia – “Elza”
Fred Hanson – “Sunset Boulevard”
Zé Henrique de Paula – “Natasha, Pierre e O Grande Cometa de 1812”
John Stefaniulk – “Billy Elliot”
Sergio Módena – “As Cangaceiras”

MELHOR DIREÇÃO MUSICAL EM MUSICAIS
Antonia Adnet, Larissa Luz e Pedro Luis – “Elza”
Carlos Bauzys – “Sunset Boulevard”
Daniel Rocha – “Annie”
Fernanda Maia – “As Cangaceiras”
Fernanda Maia – “Natasha, Pierre e O Grande Cometa de 1812”

MELHOR ARRANJO ORIGINAL EM MUSICAIS
Letieres Leite – “Elza”
Jules Vandystadt e Thiago Trajano – “Doc 70”
Tony Lucchessi – “Nelson Gonçalves”

MELHOR COREOGRAFIA EM MUSICAIS
Deborah Colker e Jacqueline Motta – “O Frenético Dancin’ Days”
Gabriel Malo – “Natasha, Pierre e O Grande Cometa de 1812”
Katia Barros – “Annie”

MELHOR CENOGRAFIA EM MUSICAIS
Matt Kinley – “Annie”
Matt Kinley – “Sunset Boulevard”
Michael Carnahan – “Billy Elliot”

MELHOR FIGURINO EM MUSICAIS
Fause Haten – “Sunset Boulevard”
Ligia Rocha e Marco Pacheco – “Billy Elliot”
Zé Henrique de Paula – “Natasha, Pierre e O Grande Cometa de 1812”

MELHOR VISAGISMO EM MUSICAIS
Beto França e Feliciano San Roman – “Sunset Boulevard”
Eliseu Cabral – “Billy Elliot”
Uirandê de Holanda – “Elza”

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL EM MUSICAIS
Newton Moreno – “As Cangaceiras”
Vinicius Calderoni – “Elza”
Vitor Rocha – “Se Essa Lua Fosse Minha”

MELHOR LETRA E MÚSICA EM MUSICAIS
Carlos Bauzys e Ricardo Severo – “Aparecida – O Musical”
Elton Towersey e Vitor Rocha – “Se Essa Lua Fosse Minha”
Fernanda Maia e Newton Moreno – “As Cangaceiras”

MELHOR VERSÃO EM MUSICAIS
André Loddi e Leandro Luna – “Pacto”
Fernanda Maia e José Henrique de Paula – “Natasha, Pierre e O Grande Cometa de 1812”
Mariana Elisabetsky e Victor Mühletahler – “Billy Elliot”

MELHOR DESENHO DE LUZ EM MUSICAIS
Corry Pattak – “Sunset Boulevard”
Mike Robertson – “Billie Elliot”
Renato Machado – “Elza”

MELHOR DESENHO DE SOM EM MUSICAIS
Gabriel D’Angelo – “Aparecida – O Musical”
Gabriel D’Angelo – “Annie”
Tocko Michelazzo – “Sunset Boulevard”