Em três atos, opereta ‘La Belle Hélène’ debocha de personagens históricos

O espetáculo dirigido por Caetano Vilela fica em cartaz no Theatro São Pedro até 7/12 com ingressos a partir de R$ 30


Estreia nesta quarta (29) no Theatro São Pedro a opereta “La Belle Hélène”, composta pelo alemão Jacques Offenbach com libreto de Ludovic Halévy e Henri Meilha. Serão cinco récitas no total, com sessões também na sexta (1º), no domingo (3), na terça (5) e quinta (7).

Com direção cênica e iluminação assinadas por Caetano Vilela e direção musical de Cláudio Cruz, o espetáculo tem elenco composto de alunos da Academia de Ópera do Theatro São Pedro e do Ópera Estúdio da Emesp Tom Jobim. Ao todo, são 13 solistas, com nomes como Gabriela Bueno, Rodrigo Kenji, Eduardo Javier Gutiérrez e Anderson Barbosa.

Elenco de “La Belle Hélène” (Heloísa Bortz/Divulgação)

Sarcástica, a obra se passa na Grécia antiga e debocha de personagens históricos, falando também sobre amor e traição. As canções serão interpretadas em francês com diálogos em português.

A encenação investe no contato direto do cantor com o público, e, logo no começo, o elenco começa a se vestir aos olhos dos espectadores. É uma mistura de elementos de ópera e teatro.

LA BELLE HÉLÈNE
Onde: Theatro São Pedro (R. Barra Funda, 161, Barra Funda, São Paulo, SP)
Quando: 29/11 a 7/12 – quarta, sexta, terça e quinta: 20h; domingo: 17h
Quanto: R$ 30 a R$ 80 (Compre Ingressos)
+ infos: 160 minutos / 12 anos

Elenco de “La Belle Hélène” (Heloísa Bortz/Divulgação)

  • Luis Marcelo Achite

    Assisti ontem (5/12) e não gostei da adaptação. Eles misturaram coisas modernas com fatos da Grécia antiga. Tudo bem que eh uma comédia, mas tem coisa que não deveria ser feita no meu ponto de vista. Por exemplo, falar de trem partindo numa época que o mesmo não havia sido inventado. Alguns personagens usando óculos de sol e camisetas. Além disso, um tanto cansativo os 2 intervalos de 20 minutos cada um. Um intervalo seria suficiente. Também não achei legal a atuação do protagonista Páris. Parecia muito superficial e não “entrou” no papel. Outra coisa, agora sobre o teatro São Pedro. A fundação Santa Marcelina colocou um monte de “censores” no local. Não se pode colocar a mão para fora da bancada que já vem os caras pedido para retirar a mão dali ou então ficam com apontadores a laser apontando os pés e mãos das pessoas. Isso não ocorria com a outra empresa que administrava. Vi um senhor que levantou os braços e o carinha já apontou o laser. Realmente um certo exagero.

    • Alexsander Ribeiro de Lara

      Caro Luís,
      Quanto ao caso da locomotiva, foi traduzida do texto original que já trazia uma sátira da grecia antiga que não tinha trens… portanto o texto em si já era uma releitura moderna da Belle Epoche sobre a cultura grega. O que achei genial nesta montagem foi a releitura contemporânea da Belle Epoche em releitura à Grécia antiga. Pura metalinguagem.